Em 1821, aporta no Brasil uma expedição científica comandada pelo barão Georg Heinrich von Langsdorff. Na equipe, com apenas 18 anos de idade, o pintor e desenhista JOHANN-MORITZ RUGENDAS (1802 – 1858. Augsburg / Alemanha). Incentivado pelos relatos de viagem dos naturalistas alemães Johann Baptist von Spix e Karl Friedrich Philipp von Martius e pela obra do pintor austríaco Thomas Ender, ele registra em desenhos e aquarelas, os costumes brasileiros, a botânica e os tipos humanos. O artista pertence à sétima geração de uma família de desenhistas, pintores, gravadores e impressores. Desde criança, exercita o desenho, e se inicia na atividade artística por influência de seu pai, Johann Lorenz Rugendas II, diretor e professor da escola de desenho de Augsburg. De 1815 a 1817, frequenta o ateliê do pintor Albrecht Adam. Em 1817, estuda na Academia de Belas Artes de Munique. No Brasil, apesar de viver isolado com os outros participantes da expedição na Fazenda Mandioca, de propriedade do cônsul, RUGENDAS vai constantemente à capital e faz amizade com os artistas da Missão Artística Francesa. Nesse período, retrata a paisagem natural, a fauna, a flora, os tipos físicos e as vistas da cidade do Rio de Janeiro. Em 1824, se desentende com Langsdorff e abandona o grupo, continuando suas andanças sozinho. Passa por São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Espírito Santo, Bahia e Pernambuco. Nessa primeira viagem privilegia o desenho, às vezes colorido à aquarela.
![]() |
auto-retrato do artista |