Eu Sou Toth, o senhor dos dois cornos da Lua.
Minha escrita é perfeita e minhas mãos são puras.
Detesto o mal e aborreço a iniquidade.
Fixo com meus escritos a Justiça Divina.
Sou o pincel que o Deus do Universo utiliza.
Sou o mestre do direito e da lealdade,
O senhor da Verdade e da Justiça,
O que destrói a mentira e afirma a Verdade ante os Deuses
O LIVRO EGÍPCIO dos MORTOS - Livro 182
Minha escrita é perfeita e minhas mãos são puras.
Detesto o mal e aborreço a iniquidade.
Fixo com meus escritos a Justiça Divina.
Sou o pincel que o Deus do Universo utiliza.
Sou o mestre do direito e da lealdade,
O senhor da Verdade e da Justiça,
O que destrói a mentira e afirma a Verdade ante os Deuses
O LIVRO EGÍPCIO dos MORTOS - Livro 182
Do árabe “al-khemy”, ALQUIMIA quer dizer “a química”. Começou a se desenvolver por volta do século III a. C., em Alexandria, um centro de recriação das tradições gregas, pitagóricas, platônicas,
estoica, egípcias e orientais, obtendo grande êxito na metalurgia, na produção
de papiros e na aparelhagem de laboratórios, mas não conseguindo seu principal
objetivo: a descoberta da pedra filosofal. Os preceitos e axiomas alquímicos encontram-se na
misteriosa “Tábua Esmeraldina” (a esmeralda era considerada como a pedra
preciosa mais formosa e mais cheia de simbolismo: “a flor do céu”), um dos
quarenta e dois livros da doutrina hermética atribuídos a Hermes Trimegisto. Nascida
em lenda e mistério, a ALQUIMIA usava fórmulas mágicas e invocava deuses e demônios. Muitos alquimistas
foram acusados de pacto satânico, presos, excomungados ou queimados vivos
pela Inquisição da Igreja Católica, na Idade Média. Por uma questão de
sobrevivência, manuscritos alquímicos foram elaborados como poemas
alegóricos, incompreensíveis aos não iniciados.
Unindo noções de química, física, astrologia, arte, metalurgia, medicina, misticismo e religião, a prática ancestral mais difundida da ALQUIMIA é a busca da “Pedra Filosofal”, mítica substância que teria o poder de transformar tudo em ouro e, mais ainda, de proporcionar a quem a encontrar, a vida eterna e a cura de todos os males. Segundo os estudiosos, porém, os valores alquímicos vão muito além. Suas metas são simbólicas, o que significa que na verdade seus praticantes visam algo maior: a transmutação espiritual. Assim sendo, o famoso elixir da longa vida nada mais seria que um recurso próprio do organismo humano, capaz de conceder àqueles que realizam o longo processo de purificação espiritual uma vida dilatada ao infinito. É também digno de registro descobertas feitas por alquimistas ao tentar atingir a “Pedra Filosofal”: água-régia (mistura de ácido nítrico e clorídrico), arsênico, nitrato de prata, acetato de chumbo, bicarbonato de potássio, ácidos sulfúrico, clorídrico, canfórico, benzóico e nítrico, sulfato de sódio e de amônia, fósforo, a potassa cáustica (hidróxido de potássio, que permitia a fabricação de sabões), entre muitas outras descobertas.
Unindo noções de química, física, astrologia, arte, metalurgia, medicina, misticismo e religião, a prática ancestral mais difundida da ALQUIMIA é a busca da “Pedra Filosofal”, mítica substância que teria o poder de transformar tudo em ouro e, mais ainda, de proporcionar a quem a encontrar, a vida eterna e a cura de todos os males. Segundo os estudiosos, porém, os valores alquímicos vão muito além. Suas metas são simbólicas, o que significa que na verdade seus praticantes visam algo maior: a transmutação espiritual. Assim sendo, o famoso elixir da longa vida nada mais seria que um recurso próprio do organismo humano, capaz de conceder àqueles que realizam o longo processo de purificação espiritual uma vida dilatada ao infinito. É também digno de registro descobertas feitas por alquimistas ao tentar atingir a “Pedra Filosofal”: água-régia (mistura de ácido nítrico e clorídrico), arsênico, nitrato de prata, acetato de chumbo, bicarbonato de potássio, ácidos sulfúrico, clorídrico, canfórico, benzóico e nítrico, sulfato de sódio e de amônia, fósforo, a potassa cáustica (hidróxido de potássio, que permitia a fabricação de sabões), entre muitas outras descobertas.
O
processo alquímico é o principal trabalho dos alquimistas (frequentemente chamado
de “A Grande Obra”). Trata-se da manipulação dos metais e da
fabricação da “Pedra Filosofal”. As matérias-primas do processo alquímico são,
entre outras, o orvalho, o sal, o mercúrio e o enxofre. De um modo geral, é
descrito de forma velada usando-se uma complicada simbologia que inclui
símbolos astrológicos, animais e figuras enigmáticas. O orvalho é utilizado
para umedecer ou banhar a matéria-prima, o sal é o dissolvente universal. Os
outros dois elementos, mercúrio e enxofre, são as principais matérias-primas da
ALQUIMIA. O enxofre é o princípio fixo, ativo, masculino, que representa as
propriedades de combustão e corrosão dos metais. O mercúrio é o princípio
volátil, passivo, feminino, inerte. Ambos, combinados, formam o que os
alquimistas descrevem como o “coito do Rei e da Rainha”. O sal, também
conhecido por arsênico, é o meio de ligação entre o mercúrio e o enxofre,
muitas vezes associado à energia vital, que une corpo e alma.
Embora não seja considerada uma ciência, e sim uma visão espiritual preocupada com
antigas tradições, ela é consagrada como uma
ancestral da química moderna e da própria medicina. Fonte inesgotável de fascínio
e encantamento, intrigando profundamente sábios de todas as épocas e latitudes, levou grandes pensadores - como São Tomás de Aquino –
a se dedicaram ao assunto. Tudo isto não significa, porém, que ela seja hoje um
saber generalizado e facilmente acessível a todos, bem pelo contrário, continua
tão obscura e enigmática como nos tempos remotos de Hermes Trismegisto ou Maria,
a Profetisa, confundindo-se atualmente com a história de ordens herméticas,
como os Rosa-cruzes. A
psicologia moderna também incorporou muito da simbologia da ALQUIMIA. Carl Jung
reexaminou a simbologia alquímica procurando mostrar o significado oculto
destes símbolos e sua importância como um caminho espiritual. Mas com certeza a
maior influência foi nas ciências ocultas. A arte alquímica inspirou numerosos livros, mas nenhum deles tem uma linguagem fácil. Diz-se que esses textos ocultam segredos, pois
enquanto que os versados conseguem discernir o seu significado, os leigos não veem
senão amontoados desconexos de palavras: para além dos símbolos alquímicos, como o “Leão Verde” ou o “Ouroboros”, abundam
os enigmas e os trocadilhos.
Essa busca pela “Pedra Filosofal” é, em certo sentido,
semelhante à busca pelo “Santo Graal” das lendas arturianas, ressalvando-se que
as lendas arturianas não são escritos alquímicos. Em seu romance “Parsifal”,
escrito entre os anos de 1210 e 1220, Wolfram von Eschenbach associa o Santo Graal não a um cálice, mas a uma pedra que teria sido enviada dos céus por
seres celestiais e teria poderes inimagináveis. Também na cultura islâmica
desempenha papel importante uma pedra, chamada “Hajar el Aswad”, que é guardada
dentro de uma construção chamada de Kaaba, considerada sagrada, tornando-se
objeto de culto em Meca. Talvez
uma das mais interessantes ideias dos alquimistas seja a criação de vida humana
a partir de materiais inanimados. Não se pode duvidar da influência que a
tradição judaica teve neste aspecto, pois na cabala existe a possibilidade de
dar vida a um ser artificial, o Golem. O conceito do homúnculo (do latim
homunculus, pequeno homem) foi usado pela primeira vez por Paracelso para designar uma criatura que tinha cerca de 12 polegadas de altura
e que poderia ser criada por meio de sêmen humano aquecido em esterco de cavalo durante 40 dias.
Então, formaria-se o embrião.
Outro alquimista famoso que tentou criar o Homunculus foi Johanned Konrad Dippel, que utilizava técnicas bizarras como fecundar ovos de galinha com sêmen humano e tapar o orifício com sangue de menstruação. Podemos observar que esta ideia dos alquimistas ficou profundamente marcada na consciência da humanidade, e tem aparecido regularmente no imaginário popular, na forma de monstros, como nos mangás japoneses ou no mais famoso deles, Frankenstein, da obra literária de Mary Shelley. Atualmente, a ALQUIMIA se evidencia em best-sellers como a série de livros “Harry Potter” (1998 - 2007) ou o “O Código da Vinci” (2003). Paulo Coelho publicou o “O Alquimista” (1988). Acima de tudo, deixou uma mensagem poderosa: a busca da perfeição. Em um mundo tomado pelo culto ao dinheiro a à aparência, pouco preocupado com o mais íntimo, as vozes dos antigos alquimistas aparecem como um chamado para que o homem reencontre seu lado espiritual e superior; ou a que, na mais simples das análises, tenha um qualquer objetivo na vida.
ALGUMAS das PRINCIPAIS OBRAS de ALQUIMIA
“Anfiteatro da Sabedoria Eterna” (1609)
de Heinrich Khunrath
“O Arcano Hermético” (1623)
de Jean d'Espagnet
“Aurora Consurgens” (Séc. XV)
de São Tomás de Aquino
“A Aurora dos Filósofos” (1577)
de Paracelso
“Baopuzi” (331)
de Ge Hong
“A Carruagem Triunfal do Antimônio” (Séc. XV)
de Basilio Valentim
“Coelum Philosophorum” (1525)
de Paracelso
“A Fabricação de Ouro” (1627)
de Francis Bacon
“O Parentesco dos Três” (142 d. C.)
de Wei Boyang
“As Seis Chaves” (Séc. XVII)
de Eudoxus de Cnido
“Tabula de Esmeralda” (1541)
de Hermes Trismegistus
“Teorias e Símbolos dos Alquimistas” (1891)
de Albert Poisson
“O Tesouro dos Alquimistas” (1973)
de Jacques Sadoul
“O Tratado Dourado” (1 d. C.)
de Hermes Trismegistus
Um comentário:
Legal isso. Me remete a uma dialética interessante que é essa do misticismo, da magia e do imagininário fantástico versus a consolidação da racionalidade, do método científico e da análise de evidências como formas de interpretação humana do mundo. Cada tempo uma scientia. Aristoteles falava sobre um "principio ativo" na materia inanimada que poderia se organizar de diferentes formas e inclusive originar organismos completos. No século XIII, havia a crença popular de que certas árvores costeiras originavam gansos e que carneiros poderiam surgir de melões especiais de um arbusto dos rochedos. No século XVII, os sabidos discutiam com toda a seriedade sobre o fato "irrefutavel" de que moscas, ratos, larvas e baratas "nascem" do lixo ou das matérias podres. Afirmativa da época: "Questionar isso é questionar a razão, senso e experiência. Se ele duvida que vá ao Egito, e lá ele irá encontrar campos cheios de camundongos, prole da lama do Nilo, para a grande calamidade dos habitantes". Para citar nomes, um tal médico belga J. B. Van Helmont(1579 -1644)_mais um pobre homem em que o apelo da sátira obliterou todos os factíveis valores de sua obra p/ hist. da ciêcia_, chegou a prescrever uma "receita" para a produção espontânea de camundongos. Segundo ele, bastava que se jogasse, num canto qualquer, uma camisa usada e suja (o princípio ativo estaria no suor da camisa), sementes de trigo e aguardar por 21 dias. Pronto, você “fez” ratos! Se estes lá não estivessem, no mínimo evidências do seu surgimento vc encontraria.
A ciência não regride, e o imaginário é incontíve. Que tenhamos então mais Arte! Para preencher as lacunas do sensível do Ser.
Lendo isso eu pude entender a música de Jorge Ben... não fazia idéia de que esse Hermes é o Hermes mesmo da mitologia, e de que o que é cantado na música nada mais é do que o que está na tabua de esmeralda...uma viagem isso.
Vou tentar passar mais por aqui.
E coloque a foto que postou no E A VIDA CONTINUA: (05). É o frasco mais belo à minha vista.
Abç
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