pablo picasso |
Ler é um
prazer, um prazer muito particular. A leitura é uma demonstração avassaladora
de encantamento. Lendo, deixamos de lado o cotidiano recorrente, a nossa mente
se expande e podemos conhecer lugares e tempos distantes, reais ou inventados.
Ler sempre é proveitoso, de livros históricos a filosóficos, de poemas a
romances, isso sem falar naqueles escritores obscuros que amamos. A boa leitura
provoca experiências místicas e derruba os muros da mediocridade.
A palavra
escrita ilumina o espírito humano. O livro é, sem dúvida, assombroso. É extensão da memória e da imaginação. É
claro que o ato de ler tem seus desvios e perigos. Há livros que nos libertam
da ignorância, mas há outros que são descartáveis ou até prejudiciais. Certa
vez, o escritor e filósofo francês Voltaire escreveu: “Lê-se muito pouco. E,
entre os que desejam se instruir, a maioria lê muito mal.”. A melhor leitura é a
que ocorre naturalmente, porque é movida pelo princípio do prazer.
O
descobrimento dos nossos autores favoritos é decisivo para a evolução
espiritual. Há algo que se chama afinidade de almas. Graças aos livros e à
internet, podemos ter alguns dos maiores sábios da humanidade como cúmplices e conselheiros.
Essa amizade sem fronteiras estabelece um contato vivo entre o conhecimento
divino presente em nós e o que há de virtuoso no mais íntimo dos bons autores.
O que seria de mim sem a cumplicidade de Rilke, Hermann Hesse, Yourcenar,
Fitzgerald e de tantos outros?
Poucos
sabem que a leitura é um modo mágico de enxergar e orquestrar a vida. Um bom
livro nos fulmina e nos enriquece. Recordo o que disse o magistral escritor argentino
Jorge Luis Borges: “Creio que uma forma de felicidade é a leitura. Emerson
coincide com Montaigne no fato de que devemos ler unicamente o que nos agrada,
que um livro tem que ser uma forma de felicidade.”
A mera
presença de um livro expressivo pode irradiar uma misteriosa influência
benigna. Para fugir do burburinho das emoções ansiosas, o cidadão apela para a
televisão, a conversa fiada ou a música barata. Somente ao confrontar a solidão
terá acesso ao acompanhamento inusitado que surge durante a leitura atenta. É
quando o texto expande e liberta a consciência. Afinal, ler é um ato de
desapego em relação ao mundo negacionista. É um ato de liberdade pessoal – e de
compromisso com a verdade.
Confira abaixo trinta e três telas que retratam leitores:
3 comentários:
Lindas pinturas!
Lindo!
Só não esqueça de conversar com as pessoas ,frequentar diversos lugares ,viver ....os livros podem instruir ......nunca vivenciar ....
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