março 16, 2022

........................................... PINTORES & LEITORES

pablo picasso

 

Ler é um prazer, um prazer muito particular. A leitura é uma demonstração avassaladora de encantamento. Lendo, deixamos de lado o cotidiano recorrente, a nossa mente se expande e podemos conhecer lugares e tempos distantes, reais ou inventados. Ler sempre é proveitoso, de livros históricos a filosóficos, de poemas a romances, isso sem falar naqueles escritores obscuros que amamos. A boa leitura provoca experiências místicas e derruba os muros da mediocridade.
 
A palavra escrita ilumina o espírito humano. O livro é, sem dúvida, assombroso.  É extensão da memória e da imaginação. É claro que o ato de ler tem seus desvios e perigos. Há livros que nos libertam da ignorância, mas há outros que são descartáveis ou até prejudiciais. Certa vez, o escritor e filósofo francês Voltaire escreveu: “Lê-se muito pouco. E, entre os que desejam se instruir, a maioria lê muito mal.”. A melhor leitura é a que ocorre naturalmente, porque é movida pelo princípio do prazer.
 
O descobrimento dos nossos autores favoritos é decisivo para a evolução espiritual. Há algo que se chama afinidade de almas. Graças aos livros e à internet, podemos ter alguns dos maiores sábios da humanidade como cúmplices e conselheiros. Essa amizade sem fronteiras estabelece um contato vivo entre o conhecimento divino presente em nós e o que há de virtuoso no mais íntimo dos bons autores. O que seria de mim sem a cumplicidade de Rilke, Hermann Hesse, Yourcenar, Fitzgerald e de tantos outros?
 
Poucos sabem que a leitura é um modo mágico de enxergar e orquestrar a vida. Um bom livro nos fulmina e nos enriquece. Recordo o que disse o magistral escritor argentino Jorge Luis Borges: “Creio que uma forma de felicidade é a leitura. Emerson coincide com Montaigne no fato de que devemos ler unicamente o que nos agrada, que um livro tem que ser uma forma de felicidade.”
 
A mera presença de um livro expressivo pode irradiar uma misteriosa influência benigna. Para fugir do burburinho das emoções ansiosas, o cidadão apela para a televisão, a conversa fiada ou a música barata. Somente ao confrontar a solidão terá acesso ao acompanhamento inusitado que surge durante a leitura atenta. É quando o texto expande e liberta a consciência. Afinal, ler é um ato de desapego em relação ao mundo negacionista. É um ato de liberdade pessoal – e de compromisso com a verdade. 

Confira abaixo trinta e três telas que retratam leitores:
 

ADRIAN PAUL ALLISON
(1890 – 1959. Londres / Reino Unido)
 
ALBERT REUSS
(1889 – 1975. Viena / Áustria)

ALMEIDA JÚNIOR
(1850 – 1899. Itu, São Paulo / Brasil)
 
AUGUSTE MACKE
(1887 – 1914. Meschede / Alemanha)
 
CHRISTIAN KROHG
(1852 1925. Vestre Aker / Oslo)
 
CLAUDE MONET
(1840 – 1926. Paris / França)
 
DAVID HETTINGER
(1946. Illinois / EUA)
 
DENNIS PERRIN
(1950. EUA)
 
EDMUND C. TARBELL
(1862 – 1938. Groton, Massachusetts / EUA)

ÉDOUARD MANET
(1832 – 1883. Paris / França)

EDWARD HOPPER
(1882 – 1967. Upper Nyack, Nova York / EUA)
 
EDWARD JOHN POYNTER
(1836 – 1919. Paris / França)
 
GEORG FRIEDRICH KERSTING
(1785 – 1847.  Güstrow / Alemanha)

GEORGES D´ESPAGNAT
(1870 – 1950. Melun / França)
 
GUSTAVE COUBERT
(1819 – 1877. Ornans / França)
 
HENRI LEBASQUE
(1865 – 1937. Champigné, Les Hauts-d'Anjou / França)
 
HENRI MATISSE
(1869 – 1954. Le Cateau-Cambrésis / França)

HENRY ROBERT MORLAND
(1716 – 1797. Londres / Reino Unido)
 
JOHN SINGER SARGENT
(1856 – 1925. Florença / Itália)
 
KONRAD KRZYZANOWSKI
(1872 – 1922. Kremenchuk / Ucrânia)

KURT SOLMSSEN
(1958. Pensilvânia, Filadélfia / EUA)
 
LOUIS LE BROCQUY
(1916 – 2012. Dublin / Irlanda)
 
LUCIAN FREUD
(1922 – 2011. Berlim / Alemanha)

MARC CHAGALL
(1887 – 1985. Liozna / Bielorrússia)
 
NICOLE ETIÈNNE
(1974. Santa Cruz, Califórnia / EUA)
 
NORMAN ROCKWELL
(1894 – 1978. Nova York / EUA)
 
PABLO PICASSO
(1881 – 1973. Málaga / Espanha)
 
PIERRE ADOLPHE VALETTE
(1876 – 1942. Saint-Etiénne / França)
 
SAMUEL JOHN PEPLOE
(1871 – 1935. Edimburgo / Reino Unido)
 
VAN DYKE
(1599 – 1641. Antuérpia / Países Baixos Espanhóis)
 
VINCENT VAN GOGH
(1853 – 1890. Zundert / Países Baixos)
 
WALTER HEIMIG
(1881 – 1955. Wesel / Alemanha)
 
WILLIAM McGREGOR PAXTON

3 comentários:

Mary Ferreira disse...

Lindas pinturas!

Elvina Schuhmann disse...


Lindo!

Aderson Vicentin disse...


Só não esqueça de conversar com as pessoas ,frequentar diversos lugares ,viver ....os livros podem instruir ......nunca vivenciar ....