ethel e julius rosemberg |
Os judeus comunistas norte-americanos Julius (1918 – 1953) e Ethel Rosenberg (1915 – 1953) foram executados após serem condenados por espionagem, acusados de passar informações sobre a bomba atômica para a União Soviética, numa pena de morte controversa. Ex-líder da Liga Jovem Comunista, Julius se casou com Ethel desde 1939, formando-se em engenharia elétrica e trabalhando para o exército norte-americano como técnico de radar. Segundo a confissão de um ex-agente da KGB, ele foi recrutado pelos russos em 1942, oferecendo documentos confidenciais da Companhia Emerson Electric que revelavam segredos de estado.
Em 1950, descobriu-se que o físico Klaus Fuchs, um refugiado alemão, passara aos soviéticos, durante a Segunda Guerra Mundial, importantes documentos contendo informações sobre pesquisas nucleares. Este terminou por dedurar o sargento David Greenglass, que por sua vez entregou o cunhado Julius e a irmã Ethel. O julgamento dos Rosenbergs começou em 6 de março de 1951, atraindo espetacular atenção da mídia e se transformando numa peça propagandística de anti-comunismo. O governo norte-americano não havia se recuperado da derrota na China, liderada pelo comunista Mao Tse-Tung, tampouco da massacrante Guerra da Coréia.
Entre o julgamento e a execução, houve uma série de protestos e acusações de anti-semitismo. Jean-Paul Sartre chamou o caso de “um linchamento legalizado que mancha de sangue toda uma nação”. Outros, incluindo não-comunistas como Albert Einstein e artistas como Dashiell Hammett, Jean Cocteau, Pablo Picasso, Fritz Lang, Bertolt Brecht e Frida Kahlo, também protestaram. Até mesmo o conservador Papa Pio XII condenou a execução. Indiferente aos apelos, o juiz do caso afirmou que eles haviam cometido “pior que assassinato”. A condenação serviu como combustível para as investigações de “atividades anti-americanas” do senador Joseph McCarthy.
A Casa Branca se viu inundada por milhares de cartas e telegramas contra a pena de morte do casal. Centenas de pessoas se concentraram do lado de fora da prisão de Sing-Sing, em Nova York, onde Julius e Ethel estavam encarcerados, portando faixas e cartazes que exigiam a libertação dos acusados. No entanto, o casal foi executado, e sem nada ter revelado. Julius morreu após a primeira sessão de choques elétricos, enquanto Ethel continuou com o coração batendo. Então foram aplicadas mais três séries de eletrocussão, o que resultou em uma grande quantidade de fumaça saindo de sua cabeça.
Documentos divulgados em 1995 provam que Julius Rosenberg era o chefe de uma importante rede de espionagem soviética e que Ethel estava a par das atividades do marido. Eles recebiam dinheiro e material fotográfico da KGB. No entanto, a condenação do casal a morte na cadeira elétrica deixou profundos traços de indignação na consciência coletiva mundial. Portanto, nunca é tarde para se comover com uma das últimas frases de Ethel: “Somos jovens, demasiados jovens para morrer”.
Em 1950, descobriu-se que o físico Klaus Fuchs, um refugiado alemão, passara aos soviéticos, durante a Segunda Guerra Mundial, importantes documentos contendo informações sobre pesquisas nucleares. Este terminou por dedurar o sargento David Greenglass, que por sua vez entregou o cunhado Julius e a irmã Ethel. O julgamento dos Rosenbergs começou em 6 de março de 1951, atraindo espetacular atenção da mídia e se transformando numa peça propagandística de anti-comunismo. O governo norte-americano não havia se recuperado da derrota na China, liderada pelo comunista Mao Tse-Tung, tampouco da massacrante Guerra da Coréia.
Entre o julgamento e a execução, houve uma série de protestos e acusações de anti-semitismo. Jean-Paul Sartre chamou o caso de “um linchamento legalizado que mancha de sangue toda uma nação”. Outros, incluindo não-comunistas como Albert Einstein e artistas como Dashiell Hammett, Jean Cocteau, Pablo Picasso, Fritz Lang, Bertolt Brecht e Frida Kahlo, também protestaram. Até mesmo o conservador Papa Pio XII condenou a execução. Indiferente aos apelos, o juiz do caso afirmou que eles haviam cometido “pior que assassinato”. A condenação serviu como combustível para as investigações de “atividades anti-americanas” do senador Joseph McCarthy.
A Casa Branca se viu inundada por milhares de cartas e telegramas contra a pena de morte do casal. Centenas de pessoas se concentraram do lado de fora da prisão de Sing-Sing, em Nova York, onde Julius e Ethel estavam encarcerados, portando faixas e cartazes que exigiam a libertação dos acusados. No entanto, o casal foi executado, e sem nada ter revelado. Julius morreu após a primeira sessão de choques elétricos, enquanto Ethel continuou com o coração batendo. Então foram aplicadas mais três séries de eletrocussão, o que resultou em uma grande quantidade de fumaça saindo de sua cabeça.
Documentos divulgados em 1995 provam que Julius Rosenberg era o chefe de uma importante rede de espionagem soviética e que Ethel estava a par das atividades do marido. Eles recebiam dinheiro e material fotográfico da KGB. No entanto, a condenação do casal a morte na cadeira elétrica deixou profundos traços de indignação na consciência coletiva mundial. Portanto, nunca é tarde para se comover com uma das últimas frases de Ethel: “Somos jovens, demasiados jovens para morrer”.
3 comentários:
Parabéns pelo Cinzas e Diamantes! abraços
Parabéns pelo blog! Sucesso sempre!!
oi antonio, muito boa mesmo a revista; gostei de os temas estarem divididos em posts e as imagens também ficaram muito boas. destaco o artigo do incrível "dr. calligari" e esta do casal ethel e julies; aí acho que poderia ter dado mais ênfase ao machartismo.
um beijo.
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