veruschka |
Os anos 1960 passaram para a história como uma época de inovação e inquietude, influenciando radicalmente mudanças de comportamento. A palavra de ordem era “quero que vá tudo pro inferno”. Tempo de cabelos longos, roupas coloridas, misticismo oriental, música rebelde e drogas alucinógenas. A moda era não seguir a moda, representando um conceito de liberdade, de sociedade underground, à margem do sistema oficial. Foi a década da minissaia criada pela estilista inglesa Mary Quant, da pílula anticoncepcional, do sexo livre, de movimentos civis em favor dos negros (Black Power), da homossexualidade (Gay Power) e da libertação feminina (Women`s Lib); da contestada guerra do Vietnã, dos hippies pregando a paz e o amor. Foi também a década da Primavera de Praga; dos Beatles, de Jimi Hendrix, Janis Joplin e da música de protesto, com Bob Dylan e Joan Baez à frente; do Concorde viajando em velocidade superior à do som, das excursões à Lua; de ícones da beleza natural como as atrizes Jean Seberg, Anouk Aimée e Jane Fonda, ou modelos como Twiggy e Veruschka; de John F. Kennedy, Che Guevara e Martin Luther King; do cinema de Jean-Luc Godard, Glauber Rocha e Michelangelo Antonioni; do impacto da Arte Pop; das idéias e dos livros de Sartre, Simone de Beauvoir, Carlos Castañeda e Hermann Hesse; dos transplantes de coração; da Nouvelle Vague e do Cinema Novo, de “Hair” e do Teatro Arena; do Tropicália com Tom Zé, Torquato Neto e Os Mutantes; de Woodstock, reunindo cerca de 500 mil pessoas em três dias de música, sexo, LSD e haxixe.
No Brasil, vivia-se à sombra de um regime militar e de um capitalismo troglodita. A crise se arrastava desde a renúncia do presente Jânio Quadros, em 1961. O vice de Jânio, João Goulart, assumiu a presidência com um populismo de esquerda. Temendo uma guinada do Brasil para o comunismo, foi organizada uma manifestação contrária ao presidente, reunindo uma multidão pelas ruas do centro de São Paulo, na “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”. Para evitar uma guerra civil, Jango abandonou o cargo, refugiando-se no Uruguai. Os militares tomaram o poder, decretando o Ato Institucional Número 1 (AI-1), cassando mandatos políticos de opositores ao regime vigente. O general Castello Branco, eleito presidente pelo Congresso Nacional, dissolveu os partidos políticos. A partir de 1967, com o general Costa e Silva no poder, a UNE (União Nacional dos Estudantes) organizou, no Rio de Janeiro, a “Passeata dos Cem Mil”; greves de operários paralisaram fábricas; a guerrilha urbana se organizou, assaltando bancos e sequestrando embaixadores para obter fundos para a luta armada. Resultou no Ato Institucional Número 5 (AI-5), aumentando a repressão militar e policial.
Em 1969, com um novo presidente, outro general, Emílio Garrastazu Medici, uma severa política de censura controlou jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressão artística. Professores, estudantes, políticos e artistas de tendência de esquerda foram investigados, presos ou exilados. Criou-se o SNI (Serviço Nacional de Informações). O DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações e Centro de Operações de Defesa Interna). A polícia dissolvia passeatas com cassetetes e gás lacrimogêneo, recebendo pedradas, bolas de gude (contra a cavalaria da PM) e coquetéis molotov. Nas escolas, o clima era de exaltação a pátria. Vendia-se um Brasil maravilhoso. Nos carros, adesivos: “Brasil - Ame-o ou Deixe-o!”.
No Brasil, vivia-se à sombra de um regime militar e de um capitalismo troglodita. A crise se arrastava desde a renúncia do presente Jânio Quadros, em 1961. O vice de Jânio, João Goulart, assumiu a presidência com um populismo de esquerda. Temendo uma guinada do Brasil para o comunismo, foi organizada uma manifestação contrária ao presidente, reunindo uma multidão pelas ruas do centro de São Paulo, na “Marcha da Família com Deus pela Liberdade”. Para evitar uma guerra civil, Jango abandonou o cargo, refugiando-se no Uruguai. Os militares tomaram o poder, decretando o Ato Institucional Número 1 (AI-1), cassando mandatos políticos de opositores ao regime vigente. O general Castello Branco, eleito presidente pelo Congresso Nacional, dissolveu os partidos políticos. A partir de 1967, com o general Costa e Silva no poder, a UNE (União Nacional dos Estudantes) organizou, no Rio de Janeiro, a “Passeata dos Cem Mil”; greves de operários paralisaram fábricas; a guerrilha urbana se organizou, assaltando bancos e sequestrando embaixadores para obter fundos para a luta armada. Resultou no Ato Institucional Número 5 (AI-5), aumentando a repressão militar e policial.
Em 1969, com um novo presidente, outro general, Emílio Garrastazu Medici, uma severa política de censura controlou jornais, revistas, livros, peças de teatro, filmes, músicas e outras formas de expressão artística. Professores, estudantes, políticos e artistas de tendência de esquerda foram investigados, presos ou exilados. Criou-se o SNI (Serviço Nacional de Informações). O DOI-Codi (Destacamento de Operações e Informações e Centro de Operações de Defesa Interna). A polícia dissolvia passeatas com cassetetes e gás lacrimogêneo, recebendo pedradas, bolas de gude (contra a cavalaria da PM) e coquetéis molotov. Nas escolas, o clima era de exaltação a pátria. Vendia-se um Brasil maravilhoso. Nos carros, adesivos: “Brasil - Ame-o ou Deixe-o!”.
6 comentários:
Antônio,
Trago-te lá do CANTO GERAL DO BRASIL (e outros cantos):
SER OU NÃO SHAKESPEARE
É preciso ler Shakespeare,
Ser Shakespeare não é preciso.
(Pedro Ramúcio)
*
Abraço mineiro,
Pedro Ramúcio.
Parabéns, Antonio.
Oi Antônio,
Eu não tive tempo de ler seu blog todo, mas o que eu li me agradou muito! Inclusive vou segui-lo.
Grande abraço!
Vou ler o blog com mais profundidade, depois dou um parecer hehe...
O visual o seu blog é impactante e de muito bom gosto. O conteúdo eu leio depois e com calma.
Vai também no meu site e dê a sua opinião.
www.coresenomes.com
Se gostar divulgue!
Abs
gosto do blog de modo geral, não sinto vontade de parar de ler tudo que tem por aqui!
parabéns pela excelência.
Bjss
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