outubro 10, 2015

.................... VIRGÍNIA WOOLF - com PEDRAS nos BOLSOS



Ilustrações: ROGER FRY

publicado no caderno Cultural do jornal A Tarde (BA)



Reconhecida como extraordinária escritora, principalmente entre leitores-escritores, e ainda mais valorizada com o passar dos anos, a inglesa VIRGÍNIA WOOLF (1882-1941) teve em vida uma atuação literária discreta e morreu acreditando que fracassara no seu ofício. O êxito recente de “As Horas / The Hours” (2002), versão do romance de Michael Cunninghan indicado ao Oscar de Melhor Filme, trouxe seu nome de volta ao mundo mediático. Citado nas três histórias do filme de Stephen Baldry, o cativante Mrs. Dalloway (1925) pontuou pela primeira vez a lista dos mais vendidos em muitos países. Como o James Joyce de “Ulisses / Ulysses” (1922), a narrativa se desenvolve em um punhado de horas, das dez da manhã às três da madrugada. Um dia na vida da esposa de um membro do Parlamento, a elegante Clarissa Dalloway, que prepara mais uma de suas famosas recepções, enquanto questiona seu próprio casamento e mergulha no passado.

virgínia e vanessa bell
Há simetrias, ressonâncias e descontinuidades, numa trama muito bem urdida. A autora é prodigiosa na exploração dos desvãos da consciência e das ambiguidades entre os afetos e as convenções sociais. Passado e presente se intercalam, e acessamos os vários planos da subjetividade por meio de um elaborado uso do discurso indireto livre. Muito se comentou sobre Mrs. Dalloway desde que o livro foi publicado pela primeira vez. Foi considerado impressionista, criticado pela falta de unidade e reverenciado por ser revolucionário em termos de linguagem. Já se disse que a obra é incrivelmente contemporânea, fazendo uso de técnicas de justaposição e montagem, como no cinema. Há quem trate o livro como um brilhante ensaio filosófico. Também pode ser lido como um documento das transformações sociais e políticas dos anos 1920, ou como um romance psicológico. Ou mesmo como uma vibrante história de amor, com final aberto. A última palavra, evidentemente, é sempre do leitor.

VIRGÍNIA WOOLF foi o autor que mais me marcou. Ao ler Passeio ao Farol / The Lighthouse (1927), ainda adolescente, a ideia de literatura deu uma reviravolta na cabeça. Considerada a sua criação mais autobiográfica, desenvolve-se através de efeitos psicológicos, símbolos, metáforas, sensações. São páginas de tonalidades, cheiros, sons e sentimentos densos falando da família Ramsay, em férias de verão num casarão próximo ao mar. Boa parte dos familiares deseja visitar um farol do outro lado da baía, mas a excursão só será concretizada muitos anos depois, quando vários personagens morreram ou estão ausentes. Passeio ao Farol é emblemático na produção woolfiana: a autora vasculha o passado familiar, refletindo sobre a vida e a morte.

os “diários
Semana após semana, li tudo dela que encontrava: Noite e Dia / Night and Day (1919), O Quarto de Jacob / Jacob´s Room (1922), Um Teto todo Seu / A Room for One´s Own (1929), As Ondas / The Waves, (1931), Os Anos / The Years(1936). Considero Um Teto Todo Seu um excêntrico (e realista) manual literário. Obra necessária e urgente para escritores. Defende os direitos da mulher e da criação literária, recordando escritoras que foram obrigadas a se camuflar com nomes masculinos para sobreviver, caso das irmãs Bronte que usaram os pseudônimos Currer, Ellis e Acton Bell. Os Diários me serviram como incentivo para o estudo literário, abrindo-os ao acaso noites sem fim e lendo suas páginas durante anos. É o mais importante diário que li, superando os de André Gide, Albert Camus, Anais Nin ou o belo legado do mineiro Lúcio Cardoso. Do prazer de lê-lo veio o meu hábito de escrever diários abstratos.

De persona difícil, conflituosa, muitas vezes mesquinha, ferina em seus comentários sobre a notável contista Katharine Mansfield ou James Joyce, entre outras personalidades conhecidas (ou não), VIRGÍNIA WOOLF se revela na escrita com excelência, angústia, densidade. Ela acreditava na arte como independência, jamais desistindo de sua liberdade pessoal. Cultuava uma melancolia irrecuperável, podendo ser notada ainda hoje em preciosas fotografias. Em 1925, publicou O Leitor Comum / The Common Reader, ensaios literários. Orlando / idem (1928), sua obra mais ambiciosa e conhecida, apresenta um belo aristocrata atravessando os séculos até surgir como mulher, numa odisseia histórica através de costumes, fantasia e identidades. Acontece como se a narradora estivesse escrevendo uma biografia. Isso faz do texto mais leve e livre, pois ela conta a história, dá sua opinião, oferece informações sobre teorias literárias e também brinca com a possibilidade da biografia ser levada a sério ou não. Em 1992, Sally Potter faria uma versão impecável deste romance infilmável com Tilda Swinton no papel-título.


As Ondas é a sua criação mais radical, recebendo desde o lançamento o reconhecimento unânime dos críticos e de outros escritores. Marguerite Yourcenar, sua tradutora francesa, descreveu-o assim: É um livro com seis personagens, ou melhor seis instrumentos musicais, pois consiste unicamente em monólogos interiores, cujas curvas se sucedem e entrecruzam com uma segurança que lembra A Arte da Fuga de Bach. Nesta narrativa musical, os breves pensamentos de infância, as rápidas reflexões sobre os momentos de juventude e de confiante camaradagem desempenham o mesmo papel dos allegros nas sinfonias de Mozart, abrindo espaço para os lentos andantes dos imensos solilóquios sobre a experiência, a solidão e a maturidade. Tanto como uma meditação sobre a vida, As Ondas são um ensaio sobre a solidão. Trata-se de seis crianças que vemos crescer, diferenciarem-se e envelhecer. Uma sétima criança, que nunca toma a palavra e que só conhecemos através dos outros, é o centro do livro ou melhor o seu coração. Em 1930, Virginia anotou em seu diário: Acho que este é o mais complexo e o mais difícil de meus livros. Como terminá-lo, a não ser por uma enorme discussão na qual cada vida terá sua voz, uma espécie de mosaico, não sei.

Nascida Adeline Virginia Stephen, em 25 de janeiro de 1882, Londres, a escritora nunca estudou em escolas. Sofrendo de febres reumáticas e crises nervosas, completou a formação escolar na imponente biblioteca da família. Filha de classe rica, seu pai era o biógrafo e filósofo Sir Leslie Stephen, diretor do jornal “Cornhill Magazine”. Ele escreveu a afamada “História do Livre Pensamento Inglês no Século Dezoito”. A escritora perdeu sua mãe, Julia Duckworth, aos 13 anos de idade, sofrendo a primeira grave depressão que a levaria mais adiante a tentar o suicídio várias vezes, num deles se atirando de uma janela e noutra entrando em coma ao tomar soníferos. Da mãe herdou um harmonioso rosto oval, testa alta, nariz fino e expressivos olhos claros. Tinha sete irmãos (Laura, George, Gerald, Stella, Vanessa, Thoby e Adrian), três deles do primeiro casamento da mãe, e mesmo unidos escondiam segredos, como um possível estupro de VIRGÍNIA WOOLF por um deles, marcando-a para o resto da vida. Uma de suas irmãs, e melhor amiga, Vanessa, casada com o crítico literário Clive Bell, pintava.

leonard e virgínia woolf
Desde garota ela demonstrava inclinação para a literatura, editando The Hyde Park Gate News”, um jornal caseiro distribuído entre os familiares. Com a morte do pai em 1905, mudou-se com os irmãos para uma casa no bairro londrinense de Bloomsbury, Gordon Square, 46, começando a dar aulas de literatura a operárias no Morley College. A nova residência era local de encontro de escritores, intelectuais e companheiros de universidade do irmão mais velho, Thoby. Conhecido como o “Grupo de Bloomsbury” discutiam todas as noites de quinta-feira sobre política, arte, costumes da burguesia e progressos da classe operária. Ao longo de trinta anos, este consagrado bando receberia gente do quilate do economista Maynard Keynes, o filósofo Bertrand Russell, os escritores E. M. Forster e Lytton Strachey, o pintor Roger Fry e o historiador e ensaísta Leonard Woolf, com quem a escritora se casou em 1912, estando ele sempre ao seu lado mesmo nos piores momentos. 

O registro romântico dos membros do Bloomsbury, aliás, demonstra que estavam muito a frente das convenções inglesas da época. Um emaranhado de relações amorosas se entrelaçava entre eles. As paixões gays e bissexuais seriam o ponto alto. O escritor Lytton Strachey, mesmo gay, propôs casamento a Virginia antes dela casar-se com Leonard Woolf. A vida social do grupo girava em torno de várias casas de campo e os amigos costumavam passar as férias juntos na França, Itália e Grécia. Entre as casas mais badaladas estavam a de Virginia e Leonard e também a de Lady Ottoline Morrell, uma rica socialite, mecenas das artes inglesas. Lady Morell inseriu no grupo artistas como o coreógrafo e bailarino Frederick Ashton e a estrela do ballet russo Lydia Lopokova.

vita sackville-west
No final dos anos 1920, VÍRGINIA WOOLF viveu uma tórrida paixão com a também escritora Vita Sackville-West, participante do grupo e casada com um diplomata. Este romance daria origem a Orlando, descrito pelo filho de Vita, Nigel Nicolson, como a maior e mais encantadora carta de amor da literatura. Também escritora, mas não tão famosa quanto Virginia, Vita era uma mulher muito moderna para a época, viveu muitos casos de amor, gostava de viagens e tinha uma desenvoltura muito natural para lidar com a sua vida e todos os seus desejos. Virginia, por outro lado, era mais contida, porém sempre soube muito bem o que queria em relação aos relacionamentos que teve, isso, talvez, explique seu amor por Leonard Woolf que ficou imortalizado na sua carta suicida ninguém poderia ter sido mais felizes do que fomos. Ou seja: não há por que acharmos que a escritora amou menos Leonard, ou Vita, ou outras, ela sabia separar, quantificar e retribuir os amores que teve. Além de Vita, também se apaixonou pela prima Madge Vaughan (esboçada na personagem de Sally Seton em Mrs. Dalloway) e pela amiga Violet Dickinson.

Em 1917 o casal Woolf fundou a editorial “The Hogarth Press”, lançando VIRGÍNIA WOOLF publicamente no mundo das letras e editando obras importantes de Leon Tolstói, Gógol e Sigmund Freud. A política da editora: publicar o que fosse inovador e de boa qualidade. A trajetória literária da escritora se iniciou como crítica literária do “The Guardian”, em 1904, e como colaboradora do suplemento cultural do “The Times”. Influenciada pelo filósofo francês Henri Bergson, embarcou no conceito de tempo-memória, no embalo de Marcel Proust. Publicou o primeiro livro aos 37 anos, não parando mais. Revelou vivências e acontecimentos importantes do final e princípio dos séculos 19 e 20: nascimento da psicologia, irreverências pictórica e literária, Primeira Guerra Mundial, vitorianismo etc.

Ao lançar Noite e Dia provocou inquietação, perplexidade e tensão. O poeta T. S. Eliot, amigo de VIRGÍNIA WOOLF e um de seus leitores mais apaixonados, disse na ocasião que a autora havia encontrado o mais autêntico caminho. Admiradora de Emily Bronte, Daniel Defoe, Laurence Sterne e Thomas De Quincey, ela construiu uma literatura arriscada, intimista e poética. Uma escrita que lhe levava ao pânico e ao desespero. Passava noites acordada perguntando se a sua arte, o sentido e a intenção de sua vida não seriam frivolidades. De precário equilíbrio físico e mental, os preparativos para cada publicação motivavam uma angústia terrível, acentuando a ansiedade e a depressão. Foi internada em 1915, dois dias antes do lançamento de Fim de Viagem / The Voyage Out”. A protagonista deste livro abandona a proteção doméstica para adentrar na efervescência da vida, acabando por se apaixonar e morrer. Escrever é um supremo alívio e a pior condenação, disse a autora, traduzida no Brasil por Cecília Meireles, Mário Quintana e Lya Luft.


manuscrito de virgínia
Quem foi realmente VIRGÍNIA WOOLF? Deixou inúmeros testemunhos de sua vida: diários em 30 volumes, milhares de cartas, novelas confessionais memoráveis. Ainda assim não é possível decifrar completamente o enigma. Estava louca? Gostava sexualmente de homens? Acreditava no feminismo? Qual a verdadeira natureza de sua agonia? Avessa aos moldes tradicionais do masculino e feminino, a escritora acatava uma mente andrógina. Jornalista, ensaísta, biógrafa e contista, temperamento mutante, pouco estável e caprichoso. O sobrinho Quentin Bell lembra como momentos mais preocupantes de sua existência quando a tia imaginou o rei Eduardo VII de Inglaterra nu, no jardim, falando obscenidades, e ouviu pássaros cantando em grego.

Na primavera de 1941, mais exatamente no dia 28 de março, as notícias sobre a Segunda Guerra Mundial abalaram ainda mais os nervos frágeis da escritora. Temia que a catástrofe a separasse dos amigos. Aos 59 anos, vivendo com Leonard em Rodmell, há uns poucos quilômetros do Canal da Mancha, após os bombardeios nazistas destruírem sua casa londrina. No jardim, escreveu cartas de despedida para o marido e a irmã Vanessa, seguindo para o rio Ouse. Encheu os bolsos de pedras, afogando-se nas águas gélidas. Na ribanceira deixou a bengala e o chapéu; o corpo, arrastada pela corrente, foi encontrado três semanas depois por alguns garotos. Queridíssimo: tenho a certeza de enlouquecer novamente, sinto que não poderemos enfrentar esses terríveis momentos. Desta vez não terei recuperação. Começo a ouvir vozes. Não posso me concentrar. Assim que vou fazer o que me parece melhor, escreveu para Leonard. Depois de várias versões, havia acabado de concluir Entre os Atos / Between the Acts (1941). O livro acentuou sua enfermidade, provocando ataques de loucura e a morte planejada. 

VIRGÍNIA WOOLF deixou um conjunto de obras-primas. Invólucro translúcido, traduz cristalinamente a alma do leitor, numa ruptura em relação aos métodos tradicionais de criação ficcional. Através dela podemos compreender melhor as pequenas (grandes) questões do nosso cotidiano, que muitos críticos chamam de ausência de enredo, mas que transformam as nossas vidas quando menos percebemos.



FRAGMENTOS do ROMANCE “As ONDAS”
de Virginia Woolf
tradução de Lya Luft

“Qual a frase para a lua? E a frase para o amor? Com que nome devemos designar a morte? Não sei. Preciso de uma linguagem reduzida como a dos amantes, palavras de uma sílaba como a que as crianças falam quando entram no quarto e encontram sua mãe costurando e apanham um pedacinho de lã colorida, uma pluma ou uma tira de chintz. Preciso de um uivo; um grito. Quando a tempestade vara o charco e passa por cima de mim, deitado na vala sem ser notado, não preciso de palavras. De nada que seja exato. De nada que baixe com todos os seus pés no chão. De nenhuma daquelas ressonâncias e adoráveis ecos que se quebram e repicam de nervo em nervo em nossos peitos, formando música selvagem e frases falsas. Acabei com a frase.


“Ele me esquecerá. Deixará sem resposta minhas cartas […]. Eu lhe mandarei poemas, talvez ele responda com um cartão-postal. Mas é por isso que o amo. Proporei um encontro – debaixo de um relógio, ou numa encruzilhada; esperarei, e ele não virá. É por isso que o amo. Ele se afastará da minha vida, esquecido, quase inteiramente ignorante do que foi para mim. E, por incrível que pareça, entrarei em outras vidas; talvez não seja mais que uma escapada, um simples prelúdio. […] continuarei a deslizar para trás das cortinas, para o seio da intimidade, em busca de palavras sussurradas a sós. Por isso parto, hesitante mas altivo; sentindo uma dor intolerável, mas seguro de que vou triunfar nessa aventura após tanto sofrimento, seguro – quero crer – de que no fim descobrirei o objeto do meu desejo.


“Mas se algum dia você não vier depois do café da manhã, se algum dia avistar você em algum espelho, talvez procurando por outro homem, se o telefone toca e toca em seu quarto vazio, então, depois de indizível agonia, então – pois não tem fim a loucura do coração humano – procurarei outro, encontrarei outro você. Nesse meio tempo, vamos abolir com um sopro o tiquetaque dos relógios. Chega mais perto de mim.”

“Por isso odeio espelhos que me revelam meu verdadeiro rosto. Sozinha, muitas vezes mergulho no nada. Preciso firmar meu pé fortemente, se não, caio do limite do mundo para dentro do nada. Preciso bater minha mão contra uma porta rija, para me chamar de regresso a meu corpo.


“Meu coração fica todo áspero, esfola meu peito como uma espada de dois gumes; por um lado, adoro sua magnificência; por outro, desprezo sua pronuncia relaxada – eu, que lhe sou tão superior – e tenho ciúmes.

“Agora vou embrulhar minha angústia dentro do meu lenço. Vou amassá-la numa bola apertada. Antes das aulas, quero ir sozinha ao bosque de faias. Não ficarei sentada à mesa fazendo cálculos. Não me sentarei perto de Jinny e perto de Louis. Vou levar minha angústia de depositá-la nas raízes sob as faias. Vou examiná-la, pegá-la entre meus dedos. Não me encontrarão. Comerei nozes e procurarei ovos entre as sarças, meu cabelo ficará emaranhado e vou dormir sob as sebes, bebendo água das poças, e morrerei lá.


“Mas espere. Enquanto somam a conta atrás do balcão, espere um momento. Agora que me vinguei de você pelo golpe que me fez cambalear entre migalhas e cascas e velhas lascas de carne, registrarei, em palavras de uma sílaba, o modo como, também debaixo do seu olhar, com aquela minha compulsão, começo a perceber isto, aquilo e outras coisas mais. O relógio tiquetaqueia; a mulher espirra; o garçom chega – há um encontro gradual, uma reunião, uma aceleração, uma unificação. Ouça: um apito soa, rodas disparam, a porta range nos gonzos. Recupero a consciência da complexidade e da realidade e da luta, pelo que lhe agradeço. E com alguma compaixão, alguma inveja e muita boa vontade, pego sua mão e lhe desejo boa noite.”

“O nó na minha garganta vai diminuindo. Palavras juntam-se, grudam-se, atropelam-se umas por cima das outras. Não importa quais sejam. Empurram-se e trepam uma nos ombros das outras. As isoladas, as solitárias acasalam-se, cambaleiam, multiplicam-se. Não importa o que digo. Como um pássaro a esvoaçar, uma frase cruza o espaço vazio entre nós. Pousa nos lábios dele.”


virgínia por roger fry

17 comentários:

Ângela Vilma disse...

Puxa, lindo post, Antonio Nahud!!! Grata por tão bela homenagem! Adoro Virginia! Bjos

Clarissa Macedo disse...

Virgínia é uma das melhores leituras que já fiz na vida. Uma densidade de longo fôlego.

Anna C. Porto disse...

Amoooooo!! Excelente post!!

Léa Lima disse...

Que bela matéria ! Escritora fértil fecunda sensível, em páginas de tensão, utilizando diversos planos temporais num só momento. O filme As Horas, do livro homônimo, é belo exemplo da versatilidade dessa escritora genial !

Iolanda Costa disse...

Gostei de Orlando.

Augusto B. Medeiros disse...

Falando em Orlando, também é linda a adaptação para o cinema com a Tilda. Ótima postagem.

Sergio Ricardo Prazeres Brandao disse...

Sou muito fã de Lady Dalloway. preciso ler mais sobre ela.

Luiz Barbosa disse...

Beleza

Wilma Regina Ciasca disse...

Uma escritora envolvente...sua obra é genial!!!

Chico Lopes disse...

Uma de minhas deusa

Chico Lopes disse...

Orlando, Momentos de Vida e Mrs. Dalloway são meus favoritos..

Lúcia Angélica De Silvério disse...

Maravilhosa!!!!

Bete Nunes disse...

Impressionante! Nunca li Virgínia Woolf. Na próxima ida à livraria ela estará presente. Agradeço com meu coração a dedicatória . Você é um belo, alguém apaixonante.

Rita Maynart disse...

Perfeita descrição dessa personalidade da literatura e da vida. Parabéns, Nahud!... Afinal... "Quem tem medo de Virginia Woolf?"...

Anngela Tavares disse...

Como já dizia um certo revolucionário: não podemos perder a ternura jamais! É como você disse certa vez, Nahud, a resposta vem de dentro da alma. Você conseguiu mostrar a sua alma e os seu encantamento neste belo texto. Virginia Woolf é demais!

Aline Baptista Santiago disse...

Nestes dias me peguei pensando em pessoas que admiro, e, independente da relação que vc tenha com seu ídolo, pq acho que esta relação e muito particular de cada pessoa, para mim são pessoas que despertam sentimentos. Seja sentimentos de amor, amizade e ate confusão. Para mim sao pessoas que fazem vc sentir la no fundo, no coração. E, sendo assim, posso afirmar que sou sua fã, Antopnio Nahud. Adoro seus textos.

Max Calasans disse...

ALGUM QUE TRANSCENDE O CONCEITO DE BELEZA, QUE PERFEIÇÃO!