dedicado ao grapiúna
Altino Henrique Martins
amigo de juventude, colecionador de arte
(muito me ensinou sobre arte brasileira)
através dele conheci pintores na intimidade
como Pedro Roberto, Luiz Jasmin,
Edy Star, Hélio Basto
e Carlos Bastos
A nossa expressividade artística é rica graças à miscigenação de culturas (indígenas, africanas, europeias, latino-americanas e asiáticas), resultando numa terra pródiga em excelentes artistas. Porém, a capacidade que o Brasil possui para lançá-los no mercado profissional não funciona para mantê-los vivos na memória coletiva e dar-lhes reconhecimento. Por exemplo, Almeida Júnior (1850 – 1899), renomado pintor do final do século XIX, está praticamente esquecido. Provavelmente foi o primeiro artista plástico nacional a retratar nas telas o homem do povo em seu cotidiano, em contraste com a monumentalidade que até então predominava nas artes plásticas do Brasil. A forma inovadora como tratava a luz é ainda hoje apreciada. Em sua honra, o dia do Artista Plástico Brasileiro é comemorado a 8 de Maio, dia do seu nascimento.
No início do século XX, Lasar Segall e Anita Malfatti chocaram a
sociedade tradicional com obras expressionistas, de pinceladas gestuais e cores
expressivas, constituindo um capítulo sui
generis do processo das artes plásticas brasileiras. Eles deram impulso
para a Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo, em fevereiro de 1922, um
projeto estético em cujo desejo de renovação da arte, associado ao da
construção de uma consciência atualizada da cultura nacional, misturava
vanguardismo europeu com a essência tupiniquim. Os modernistas provocaram
mudanças significativas, valorizando a identidade nacional e uma arte, cujo
cenário de fundo, eram as paisagens brasileiras e o povo brasileiro. As
críticas foram ferrenhas, mas isso não freou o movimento. Incompreendido, teve
sua importância constatada ao longo do tempo. E, daí para frente, desenvolveu-se o ideário
modernista, desdobrando-se em novas manifestações: o Movimento Antropofágico, o
Movimento Pau-Brasil, o Verde-Amarelismo e o Grupo da Anta.
No
final da década de 1940, foram fundados o Museu de Arte de São Paulo Assis
Chateaubriand, o Museu de Arte Moderna do Rio e o Museu de Arte Moderna de São
Paulo, cuja coleção foi, em 1963, transferida para a Universidade de São Paulo,
dando origem ao Museu de Arte Contemporânea. Com esse espaço institucional
voltado para as artes, e, logo em 1951, com a criação da Bienal de São Paulo, o
cenário artístico brasileiro ganhou novo ritmo e nova relação com as inovações
estéticas. Logo surgiria o Concretismo, movimento de arte abstrata marcado pelo
uso geométrico e elaboração baseada no raciocínio. Foi criado
pelo grupo paulista Ruptura. No Rio de Janeiro, anos 1960, o grupo Frente inicia
o Neoconcretismo. Aproximando-se da Pop Art e da Arte Cinética, valorizam a luz
e os símbolos.
Novos
sistemas e meios são utilizados. A instalação (utilização de tecnologia para
promover uma interação entre obra e espectador), o grafite (pinturas em spray
em locais públicos), a arte postal (uso dos meios postais para criação de obras
de arte) e a performance (uso de teatro ou dança em conjunto com as obras).
Vivia-se no Brasil um período de tensão e contestação ao regime militar,
instalado em 1964. Esta experiência teve, em alguns casos, repercussões diretas
sobre a nova relação que a arte buscava com a realidade e o público. O criativo
processo dessa nova dinâmica começou com projetos como o de Lígia Clark (“Casulos”,
“Bichos”), e o de Hélio Oiticica (“Bólides”, “Objetos”, “Parangolés”), chegando
à “Declaração de Princípios da Vanguarda”, em janeiro de 1967, e à mostra “Nova
Objetividade”, em abril do mesmo ano, no MAM do Rio de Janeiro. Nas décadas
seguintes, a arte contemporânea brasileira resgatou os meios tradicionais,
embora, ao mesmo tempo, tenha fortalecido a Arte Conceitual e o Abstracionismo.
Meios tecnológicos interferiram, tornando possível o surgimento da Videoarte.
Relações entre o espaço e a obra possibilitaram uma intervenção urbana,
dando origem à arte pública. Ganharam importância a desconstrução
da própria arte e aproximações do real.
Em
busca de vigor e de renovação estética, na construção de uma linguagem
sintonizada às tendências mundiais, a arte contemporânea brasileira busca o seu
caminho. Alguns artistas que, ao longo dos anos, atuaram e promoveram novas
transformações, ainda causam impactos. Com sua produção, adotam novos modos de
usar os materiais que dão suporte à ideia artística, criam novas morfologias de
invenção. Novas estratégias e nova realidade
histórico-social movem os rumos do processo artístico. Neste momento desigual,
existe uma tese da Arte Conceitual, da arte feita só por ideias. Segundo o
poeta e crítico de arte Ferreira Gullar, “isso não tem cabimento. A ARTE TEM
QUE EMOCIONAR, CASO CONTRÁRIO NÃO É ARTE.”. Além disso, o panorama nacional
revela um mundo de gente fazendo arte sem base, sem sensibilidade, sem substancia.
Continuo com o depoimento de Gullar numa entrevista recente. Um dos mais argutos ensaístas da cena cultural, disse: “um pintor como Joseph Bueys – que levou suas experiências a um
radicalismo extremo - afirma que todo mundo pode fazer arte. Claro! Se arte é
pegar, como ele faz, um pedaço de trilho, cortar e pendurar na parede, qualquer
pessoa pode fazer. Mas eu duvido que qualquer pessoa escreva uma sinfonia como
Stravinsky, ou pinte uma Guernica
como Picasso. De modo que, para mim, a crise artística baseia-se, por um lado,
na confusão entre expressão e arte, que são coisas diferentes. Nesse caso, onde
todo mundo pode fazer arte, acaba se resumindo na questão de uma falsa
liberalidade que não tem valor algum, porque é mentirosa. De fato, se você
admite que qualquer um pode fazer arte, pode parecer que sua visão é
igualitária. Mas as pessoas não são iguais, elas têm direitos iguais.”
ALGUNS PINTORES BRASILEIROS
ABRAHAM PALATNIK
ABRAHAM PALATNIK
(Natal, Rio Grande do Norte. 1928)
Consagrado
pela fusão entre o movimento, o tempo e a luz como instrumentos para a criação
de obras com grande potencial visual e poético. Lançou os fundamentos da Arte Cinética, na qual as fronteiras entre pintura e escultura se confundem e se
ampliam. O artista mudou a forma de entender arte quando conheceu o hospital psiquiátrico
coordenado pela Dra. Nise da Silveira. Ao ver obras de pacientes esquizofrênicos,
ele começou os experimentos com luz e movimento que deram origem aos “Aparelhos
Cinecromáticos” – caixas com lâmpadas e telas coloridas que se movimentam
acionadas por motores, um mecanismo que gera uma série de imagens de luzes e cores
em movimento. Na década de 1970, produziu a série “Progressões”, pinturas formadas por intervalos
de jacarandá montados em sequências de lâminas finíssimas. Aproveitando
a materialidade das marcas naturais, percebe-se a estrutura
de desenhos e gestos que demarcam um corpo dinâmico.
ALDO BONADEI
(São Paulo, SP. 1906 - 1974)
Representante no Brasil de um movimento
artístico denominado Retorno à Ordem, surgido na Europa nos anos 1920. Singularizou-se
por retratar conhecidos personagens paulistas e ambientes externos da cidade,
muitos deles periféricos. Pintar fora do ateliê, aliás, era prática comum dos
membros do Grupo Santa Helena, uma associação de modernistas na qual
ele esteve engajado. Além de pintor, criou figurinos para
peças de Nelson Rodrigues (“Vestido de Noiva”) e de Ariano Suassuna (“Casamento
Suspeitoso”), entre outras.
ANITA MALFATTI
(São Paulo, SP. 1889 - 1964)
Depois
de obter formação artística no exterior, ela chocou São Paulo em 1917 ao
realizar uma exposição com obras de marcada influência das vanguardas
europeias. A reação mais dura partiu do escritor Monteiro Lobato no artigo “Paranoia
ou Mistificação?”. Assim, uma das primeiras pintoras a exprimir no país a
sensibilidade moderna, acabaria por estimular o debate entre a tradição e novas concepções estéticas, motivando a Semana de Arte Moderna de
1922 e transformando-se no símbolo da defesa do Modernismo no Brasil.
ARCANJO IANELLI
(São Paulo, SP. 1922 - 2009)
Expoente
do Abstracionismo Geométrico, soube dialogar com as tendências artísticas do
século XX sem perder a singularidade. Notável pelas inovações de linguagem, sua
obra nasce de um refinado jogo de cores e formas que se sobrepõem e se
encadeiam em equilibrada harmonia. Iniciou
a carreira nos anos 1940, pintando paisagens e retratos, e após décadas de atividade encontrou seu caminho para a abstração a partir da simplificação de cores e formas. “A cor é suficiente para construir e expressar
nosso universo”, dizia.
CALASANS NETO
(Salvador, Bahia. 1932 - 2006)
Especializou-se
em gravura em metal e madeira, empenhando-se na relação da gravura com a
cultura popular. Criou cenários (“Deus e o Diabo na Terra do Sol”, de Glauber
Rocha) e ilustrou romances como “Tereza Batista Cansada de Guerra” e “Tieta do
Agreste”, de Jorge Amado. Nos anos 1980 dedicou-se também à pintura.
CÂNDIDO PORTINARI
(Brodowski, São Paulo. 1903 - 1962)
Um
dos artistas brasileiros com maior repercussão internacional. Criador
dos dois imensos murais “Guerra e Paz” (1953-56) para a sede da ONU, em Nova
York, colaborou com Oscar Niemeyer em importantes projetos, como nos murais
para a Igreja de São Francisco na Pampulha, em Belo Horizonte. Considerava
essencial retratar os tipos brasileiros, a fim de criar uma pintura tipicamente
nacional – e ao mesmo tempo universal. Foi o que fez em telas como “Cangaceiro”,
“Lavrador de Café” e “Retirantes”. Fruto de generosa visão de mundo, a sua obra
forma um painel dos diferentes aspectos do humano.
CARLOS BASTOS
(Salvador, Bahia. 1925 - 2004)
Em
1947, na capital baiana, organiza sua primeira individual na Biblioteca Pública.
Editou “Santos e Anjos da Bahia”, com prefácio de Jorge Amado, em 1965, e
ilustrou diversos livros nas décadas de 1970 e 1980. O cenário da sua criação é
a Bahia, que ele representa com franca postura realista. Valendo-se de desenho
minucioso e forte colorido, suas telas explicitam compromisso com o registro da
região e sua cultura. Os retratos ocupam lugar destacado na sua obra, assim
como as figuras populares, e o afro-brasileiro. Seu nome está ligado
aos murais e painéis para edifícios públicos que figuram símbolos e crenças do povo.
Di CAVALCANTI
(Rio de Janeiro, RJ. 1897 - 1976)
Ao
retratar pescadores, sambistas, trabalhadores e especialmente mulatas, fez da
reflexão sobre a cultura brasileira o ponto central de sua obra. Com um
universo visual denso e poético, caracterizado por uma sensualidade exuberante,
aliou marcas das vanguardas artísticas europeias a uma temática nacionalista,
tornando-se um dos principais nomes do Modernismo brasileiro. Agitador
cultural, desempenhou importante papel na organização da Semana de Arte Moderna
de 1922 e na fundação do Clube dos Artistas Modernos, em 1932, além de
contribuir para o debate de ideias na imprensa, com sua prosa
irônica.
HÉLIO BASTO
(Salvador, Bahia. 1934 - 1990)
Um
dos indiciadores da corrente modernista que revolucionou as artes plásticas
baianas na década de 1950, até então ainda presas ao academicismo provinciano. Desenvolveu
uma fase surrealista-existencialista entre 1956-60, retratando a atmosfera de sofrimento silencioso e a devastação da morte, com
uma significação densa. Seguiu-se a sua fase retratista, sobre a
qual falou Jorge Amado no livro “Baía de Todo os Santos”: “seu mundo é
poético, quase irreal, mundo de criança desabrochada em espanto diante da vida.
No silêncio translúcido, Hélio Basto traz uma flor na mão, sobrevoa um velho
quarteirão da cidade”. Interrompeu a fase de retratista evoluindo para uma
pintura interessada pela forma, cor e ritmo. Uma tendência construtiva com geometrismo,
harmonicamente equilibrada com o colorido das linhas.
LASAR SEGALL
(Vilna, Lituânia. 1891 - 1957)
Como
cidadão brasileiro deixou um vasto acervo que focaliza não apenas a beleza, mas,
sobretudo, a miséria que presenciou em sua jornada pela vida. A atração
obsessiva pelos seres humanos, interagindo e formando conjuntos ordenados de
vidas, de dramas e de tramas, o torna, mais que pintor, um sociólogo, usando
pincéis e tintas para descrever os problemas do Brasil ou do universo. Em sua
obra, o Brasil verdadeiro, exposto nas casas pobres das favelas, ou no submundo
do Mangue, ou no olhar cansado e decepcionado dos imigrantes, ou no ambiente
depressivo de uma casa onde a penúria se constituíra em padrão de vida, ou ainda
no olhar perdido do marinheiro e da prostituta, os dois tão juntos e, ao mesmo
tempo, tão distantes, perdidos no espaço de suas vidas, tão diferentes entre si
mas, igualmente, tão iguais, nivelados pela miséria que os rodeia. Marcado pela
condição de emigrante, foi o principal artista da vanguarda europeia a se
radicar no Brasil. O impacto inicial da cor tropical transformou sua paleta,
emprestando-lhe cores claras e luminosas, mas essa exuberância durou pouco -
ele logo retomou o aspecto intimista e expressionista de sua
pintura. Um dos fundadores da Sociedade Pró-Arte Moderna (SPAM), esteve próximo dos modernistas de São Paulo. Dez anos após a sua morte, a
casa em que viveu e trabalhou, na Vila Mariana, foi transformada no Museu Lasar
Segall.
LUIZ SACILOTTO
(Santo André, São Paulo. 1924 - 2003)
Elementos
geométricos como círculos, quadrados e triângulos formaram o vocabulário básico
dos quadros e esculturas de um dos grandes pintores do Concretismo no Brasil. “Geometria
é a minha paixão”, dizia, que em 1952 assinou o manifesto do Ruptura. Mesmo com os desdobramentos artísticos após os
anos 1960, manteve-se no mesmo estilo. “Sou fiel ao concreto, tenho
consciência de que pertenço a uma linhagem”, afirmava.
MILTON DACOSTA
(Niterói, Rio de Janeiro. 1915 – 1988)
Linhas
verticais e horizontais conseguem imprimir as suas pinturas um caráter
intimista e lírico. Destaca-se, dessa
forma, como um dos principais representantes da Arte Construtiva brasileira,
mas ao mesmo tempo se diferencia de grande parte dos adeptos dessa corrente
estética, cujas obras se caracterizavam por elementos racionalistas e
impessoais. A notoriedade do artista, contudo, é devida a um conjunto de obras
menos radicais, uma série de figuras femininas conhecida como “Vênus”,
desenvolvida dos anos 1960 até o fim de sua vida.
SIRON FRANCO
(Goiás, GO. 1947)
A sua
pintura tem sido associada por alguns críticos à produção do artista inglês
Francis Bacon (1909 - 1992), por ser povoada por seres monstruosos ou por revelar
uma dimensão aterrorizadora. Nas séries “Fábulas de Horror” (1975) ou “Semelhantes” (1980), pinta figuras de
ar sinistro, que não têm traços distintivos ou que apresentam
deformações. Em “Peles” (1984) cria superfícies de grande sensualidade,
que envolvem também uma ambiguidade: escondem a violência e a crueldade
necessárias para sua produção. Já nos quadros de “Césio” (1987), concebidos com
uma gama muita restrita de pigmentos, o pintor comenta a tragédia ocorrida em
Goiânia, ocasionada pelo vazamento de material radioativo. Em obras do fim da
década de 1990, passa de uma figuração mais evidente para a utilização de
grandes planos cromáticos, em obras quase abstratas, nas quais emprega colagens, desenhos e grafismos. Sua produção destaca-se pela inovação
formal, o satírico, a referência a questões políticas e sociais, como a ecologia e a defesa dos povos indígenas.
Ele afirma: “eu tento, ao meu
modo, testemunhar a minha época, o que faço é uma crônica subjetiva da época em
que vivo”.
TARSILA do AMARAL
(Capivari, São Paulo. 1886 - 1973)
Expoente
do Modernismo brasileiro, expandiu as propostas das vanguardas europeias a
partir do mergulho nas tradições, cores e temas de sua terra – sem se esquivar
dos problemas sociais, que constituíram sua principal preocupação em certa
fase. Com a célebre tela “Abaporu” (1928), motivou o “Manifesto Antropófago” de
Oswald de Andrade, seu marido à época, com quem partilhava a convicção de
assimilar a cultura estrangeira de modo a torná-la uma forma de arte
tipicamente nacional. Líricas e afetivas, obras como “A Negra” (1923) e “Antropofagia”
(1929) apresentam os ancestrais africano e índio em cores vívidas e fortes, com
a luz do país.
VOLPI
(Lucca, Itália. 1896 - 1988)
Veio menino
para o Brasil. Autodidata, tornou-se membro do Grupo Santa Helena, desenvolvendo
pinturas que retratam cenas da vida e da paisagem dos arredores de São Paulo. Ganhou
o prêmio de melhor pintor brasileiro na 2ª Bienal de São Paulo. Ao longo de
quase um século de existência, passou por várias fases, criou sua própria
linguagem e evoluiu naturalmente das representações de cenas da natureza para
produções mais intelectuais. Daí em diante suas obras seriam dominadas pelas
cores e pelo estilo abstrato geométrico. É a fase das bandeirinhas, expressa em seu trabalho “Bandeiras
e Mastros”. Ele só pintava com a luz do sol e se envolvia totalmente com a
criação de sua obra, o que incluía esticar o linho para as telas. Depois de
dominar a técnica da têmpera com clara de ovo, o artista nunca mais usou tintas
industriais - “elas criam mofo e perdem vida com o passar do tempo”, dizia. Num
processo típico de um pintor do Renascimento, fazia suas próprias tintas,
diluídas em uma emulsão de verniz e clara de ovo, em que ele adicionava
pigmentos naturais purificados (terra, ferro, óxidos, argila colorida por óxido
de ferro) e ressecados ao sol.
Fontes
Blog Artes Visuais, de Reynivaldo Brito
Coleção Grandes Pintores Brasileiros - Folha de S. Paulo
Enciclopédia Itaú Cultural
Revista Bravo
5 comentários:
Muito lindo
Blog maravilhoso! Vou aparecer outras vezes. Parabéns.
Sensacional.
Bom resumo
Bacana. Gostei muito.Uma lição de arte brasileira.
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