dezembro 19, 2015

........................... VESTÍGIOS das ARTES PLÁSTICAS no BRASIL

cândido portinari


dedicado ao grapiúna 
Altino Henrique Martins
amigo de juventude, colecionador de arte
(muito me ensinou sobre arte brasileira)

através dele conheci pintores na intimidade 
como Pedro Roberto, Luiz Jasmin,
Edy Star, Hélio Basto
e Carlos Bastos



A nossa expressividade artística é rica graças à miscigenação de culturas (indígenas, africanas, europeias, latino-americanas e asiáticas), resultando numa terra pródiga em excelentes artistas. Porém, a capacidade que o Brasil possui para lançá-los no mercado profissional não funciona para mantê-los vivos na memória coletiva e dar-lhes reconhecimento. Por exemplo, Almeida Júnior (1850 – 1899), renomado pintor do final do século XIX, está praticamente esquecido. Provavelmente foi o primeiro artista plástico nacional a retratar nas telas o homem do povo em seu cotidiano, em contraste com a monumentalidade que até então predominava nas artes plásticas do Brasil. A forma inovadora como tratava a luz é ainda hoje apreciada. Em sua honra, o dia do Artista Plástico Brasileiro é comemorado a 8 de Maio, dia do seu nascimento.

No início do século XX, Lasar Segall e Anita Malfatti chocaram a sociedade tradicional com obras expressionistas, de pinceladas gestuais e cores expressivas, constituindo um capítulo sui generis do processo das artes plásticas brasileiras. Eles deram impulso para a Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo, em fevereiro de 1922, um projeto estético em cujo desejo de renovação da arte, associado ao da construção de uma consciência atualizada da cultura nacional, misturava vanguardismo europeu com a essência tupiniquim. Os modernistas provocaram mudanças significativas, valorizando a identidade nacional e uma arte, cujo cenário de fundo, eram as paisagens brasileiras e o povo brasileiro. As críticas foram ferrenhas, mas isso não freou o movimento. Incompreendido, teve sua importância constatada ao longo do tempo. E, daí para frente, desenvolveu-se o ideário modernista, desdobrando-se em novas manifestações: o Movimento Antropofágico, o Movimento Pau-Brasil, o Verde-Amarelismo e o Grupo da Anta.

os modernistas
No final da década de 1940, foram fundados o Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand, o Museu de Arte Moderna do Rio e o Museu de Arte Moderna de São Paulo, cuja coleção foi, em 1963, transferida para a Universidade de São Paulo, dando origem ao Museu de Arte Contemporânea. Com esse espaço institucional voltado para as artes, e, logo em 1951, com a criação da Bienal de São Paulo, o cenário artístico brasileiro ganhou novo ritmo e nova relação com as inovações estéticas. Logo surgiria o Concretismo, movimento de arte abstrata marcado pelo uso geométrico e elaboração baseada no raciocínio. Foi criado pelo grupo paulista Ruptura. No Rio de Janeiro, anos 1960, o grupo Frente inicia o Neoconcretismo. Aproximando-se da Pop Art e da Arte Cinética, valorizam a luz e os símbolos.

Novos sistemas e meios são utilizados. instalação (utilização de tecnologia para promover uma interação entre obra e espectador), o grafite (pinturas em spray em locais públicos), a arte postal (uso dos meios postais para criação de obras de arte) e a performance (uso de teatro ou dança em conjunto com as obras). Vivia-se no Brasil um período de tensão e contestação ao regime militar, instalado em 1964. Esta experiência teve, em alguns casos, repercussões diretas sobre a nova relação que a arte buscava com a realidade e o público. O criativo processo dessa nova dinâmica começou com projetos como o de Lígia Clark (“Casulos”, “Bichos”), e o de Hélio Oiticica (“Bólides”, “Objetos”, “Parangolés”), chegando à “Declaração de Princípios da Vanguarda”, em janeiro de 1967, e à mostra “Nova Objetividade”, em abril do mesmo ano, no MAM do Rio de Janeiro. Nas décadas seguintes, a arte contemporânea brasileira resgatou os meios tradicionais, embora, ao mesmo tempo, tenha fortalecido a Arte Conceitual e o Abstracionismo. Meios tecnológicos interferiram, tornando possível o surgimento da Videoarte. Relações entre o espaço e a obra possibilitaram uma intervenção urbana, dando origem à arte pública. Ganharam importância a desconstrução da própria arte e aproximações do real.

victor vasarely
Em busca de vigor e de renovação estética, na construção de uma linguagem sintonizada às tendências mundiais, a arte contemporânea brasileira busca o seu caminho. Alguns artistas que, ao longo dos anos, atuaram e promoveram novas transformações, ainda causam impactos. Com sua produção, adotam novos modos de usar os materiais que dão suporte à ideia artística, criam novas morfologias de invenção.  Novas estratégias e nova realidade histórico-social movem os rumos do processo artístico. Neste momento desigual, existe uma tese da Arte Conceitual, da arte feita só por ideias. Segundo o poeta e crítico de arte Ferreira Gullar, “isso não tem cabimento. A ARTE TEM QUE EMOCIONAR, CASO CONTRÁRIO NÃO É ARTE.”. Além disso, o panorama nacional revela um mundo de gente fazendo arte sem base, sem sensibilidade, sem substancia.

Continuo com o depoimento de Gullar numa entrevista recente. Um dos mais argutos ensaístas da cena cultural, disse: “um pintor como Joseph Bueys – que levou suas experiências a um radicalismo extremo - afirma que todo mundo pode fazer arte. Claro! Se arte é pegar, como ele faz, um pedaço de trilho, cortar e pendurar na parede, qualquer pessoa pode fazer. Mas eu duvido que qualquer pessoa escreva uma sinfonia como Stravinsky, ou pinte uma Guernica como Picasso. De modo que, para mim, a crise artística baseia-se, por um lado, na confusão entre expressão e arte, que são coisas diferentes. Nesse caso, onde todo mundo pode fazer arte, acaba se resumindo na questão de uma falsa liberalidade que não tem valor algum, porque é mentirosa. De fato, se você admite que qualquer um pode fazer arte, pode parecer que sua visão é igualitária. Mas as pessoas não são iguais, elas têm direitos iguais.”
                                                       
ivan serpa
                                            
ALGUNS PINTORES BRASILEIROS

ABRAHAM PALATNIK
(Natal, Rio Grande do Norte. 1928)

Consagrado pela fusão entre o movimento, o tempo e a luz como instrumentos para a criação de obras com grande potencial visual e poético. Lançou os fundamentos da Arte Cinética, na qual as fronteiras entre pintura e escultura se confundem e se ampliam. O artista mudou a forma de entender arte quando conheceu o hospital psiquiátrico coordenado pela Dra. Nise da Silveira. Ao ver obras de pacientes esquizofrênicos, ele começou os experimentos com luz e movimento que deram origem aos “Aparelhos Cinecromáticos” – caixas com lâmpadas e telas coloridas que se movimentam acionadas por motores, um mecanismo que gera uma série de imagens de luzes e cores em movimento. Na década de 1970, produziu a série “Progressões”, pinturas formadas por intervalos de jacarandá montados em sequências de lâminas finíssimas. Aproveitando a materialidade das marcas naturais, percebe-se a estrutura de desenhos e gestos que demarcam um corpo dinâmico.

ALDO BONADEI
(São Paulo, SP. 1906 - 1974)

Representante no Brasil de um movimento artístico denominado Retorno à Ordem, surgido na Europa nos anos 1920. Singularizou-se por retratar conhecidos personagens paulistas e ambientes externos da cidade, muitos deles periféricos. Pintar fora do ateliê, aliás, era prática comum dos membros do Grupo Santa Helena, uma associação de modernistas na qual ele esteve engajado. Além de pintor, criou figurinos para peças de Nelson Rodrigues (“Vestido de Noiva”) e de Ariano Suassuna (“Casamento Suspeitoso”), entre outras.

ANITA MALFATTI
(São Paulo, SP. 1889 - 1964)

Depois de obter formação artística no exterior, ela chocou São Paulo em 1917 ao realizar uma exposição com obras de marcada influência das vanguardas europeias. A reação mais dura partiu do escritor Monteiro Lobato no artigo “Paranoia ou Mistificação?”. Assim, uma das primeiras pintoras a exprimir no país a sensibilidade moderna, acabaria por estimular o debate entre a tradição e novas concepções estéticas, motivando a Semana de Arte Moderna de 1922 e transformando-se no símbolo da defesa do Modernismo no Brasil.

ARCANJO IANELLI
(São Paulo, SP. 1922 - 2009)

Expoente do Abstracionismo Geométrico, soube dialogar com as tendências artísticas do século XX sem perder a singularidade. Notável pelas inovações de linguagem, sua obra nasce de um refinado jogo de cores e formas que se sobrepõem e se encadeiam em equilibrada harmonia. Iniciou a carreira nos anos 1940, pintando paisagens e retratos, e após décadas de atividade encontrou seu caminho para a abstração a partir da simplificação de cores e formas. “A cor é suficiente para construir e expressar nosso universo”, dizia.

CALASANS NETO
(Salvador, Bahia. 1932 - 2006)

Especializou-se em gravura em metal e madeira, empenhando-se na relação da gravura com a cultura popular. Criou cenários (“Deus e o Diabo na Terra do Sol”, de Glauber Rocha) e ilustrou romances como “Tereza Batista Cansada de Guerra” e “Tieta do Agreste”, de Jorge Amado. Nos anos 1980 dedicou-se também à pintura.

CÂNDIDO PORTINARI
(Brodowski, São Paulo. 1903 - 1962)

Um dos artistas brasileiros com maior repercussão internacional. Criador dos dois imensos murais “Guerra e Paz” (1953-56) para a sede da ONU, em Nova York, colaborou com Oscar Niemeyer em importantes projetos, como nos murais para a Igreja de São Francisco na Pampulha, em Belo Horizonte. Considerava essencial retratar os tipos brasileiros, a fim de criar uma pintura tipicamente nacional – e ao mesmo tempo universal. Foi o que fez em telas como “Cangaceiro”, “Lavrador de Café” e “Retirantes”. Fruto de generosa visão de mundo, a sua obra forma um painel dos diferentes aspectos do humano.

CARLOS BASTOS
(Salvador, Bahia. 1925 - 2004)

Em 1947, na capital baiana, organiza sua primeira individual na Biblioteca Pública. Editou “Santos e Anjos da Bahia, com prefácio de Jorge Amado, em 1965, e ilustrou diversos livros nas décadas de 1970 e 1980. O cenário da sua criação é a Bahia, que ele representa com franca postura realista. Valendo-se de desenho minucioso e forte colorido, suas telas explicitam compromisso com o registro da região e sua cultura. Os retratos ocupam lugar destacado na sua obra, assim como as figuras populares, e o afro-brasileiro. Seu nome está ligado aos murais e painéis para edifícios públicos que figuram símbolos e crenças do povo.

Di CAVALCANTI
(Rio de Janeiro, RJ. 1897 - 1976)

Ao retratar pescadores, sambistas, trabalhadores e especialmente mulatas, fez da reflexão sobre a cultura brasileira o ponto central de sua obra. Com um universo visual denso e poético, caracterizado por uma sensualidade exuberante, aliou marcas das vanguardas artísticas europeias a uma temática nacionalista, tornando-se um dos principais nomes do Modernismo brasileiro. Agitador cultural, desempenhou importante papel na organização da Semana de Arte Moderna de 1922 e na fundação do Clube dos Artistas Modernos, em 1932, além de contribuir para o debate de ideias na imprensa, com sua prosa irônica.

HÉLIO BASTO
(Salvador, Bahia. 1934 - 1990)

Um dos indiciadores da corrente modernista que revolucionou as artes plásticas baianas na década de 1950, até então ainda presas ao academicismo provinciano. Desenvolveu uma fase surrealista-existencialista entre 1956-60, retratando a atmosfera de sofrimento silencioso e a devastação da morte, com uma significação densa. Seguiu-se a sua fase retratista, sobre a qual falou Jorge Amado no livro “Baía de Todo os Santos”: “seu mundo é poético, quase irreal, mundo de criança desabrochada em espanto diante da vida. No silêncio translúcido, Hélio Basto traz uma flor na mão, sobrevoa um velho quarteirão da cidade”. Interrompeu a fase de retratista evoluindo para uma pintura interessada pela forma, cor e ritmo. Uma tendência construtiva com geometrismo, harmonicamente equilibrada com o colorido das linhas.

LASAR SEGALL
(Vilna, Lituânia. 1891 - 1957) 

Como cidadão brasileiro deixou um vasto acervo que focaliza não apenas a beleza, mas, sobretudo, a miséria que presenciou em sua jornada pela vida. A atração obsessiva pelos seres humanos, interagindo e formando conjuntos ordenados de vidas, de dramas e de tramas, o torna, mais que pintor, um sociólogo, usando pincéis e tintas para descrever os problemas do Brasil ou do universo. Em sua obra, o Brasil verdadeiro, exposto nas casas pobres das favelas, ou no submundo do Mangue, ou no olhar cansado e decepcionado dos imigrantes, ou no ambiente depressivo de uma casa onde a penúria se constituíra em padrão de vida, ou ainda no olhar perdido do marinheiro e da prostituta, os dois tão juntos e, ao mesmo tempo, tão distantes, perdidos no espaço de suas vidas, tão diferentes entre si mas, igualmente, tão iguais, nivelados pela miséria que os rodeia. Marcado pela condição de emigrante, foi o principal artista da vanguarda europeia a se radicar no Brasil. O impacto inicial da cor tropical transformou sua paleta, emprestando-lhe cores claras e luminosas, mas essa exuberância durou pouco - ele logo retomou o aspecto intimista e expressionista de sua pintura. Um dos fundadores da Sociedade Pró-Arte Moderna (SPAM), esteve próximo dos modernistas de São Paulo. Dez anos após a sua morte, a casa em que viveu e trabalhou, na Vila Mariana, foi transformada no Museu Lasar Segall.

LUIZ SACILOTTO
(Santo André, São Paulo. 1924 - 2003)

Elementos geométricos como círculos, quadrados e triângulos formaram o vocabulário básico dos quadros e esculturas de um dos grandes pintores do Concretismo no Brasil. “Geometria é a minha paixão”, dizia, que em 1952 assinou o manifesto do Ruptura. Mesmo com os desdobramentos artísticos após os anos 1960, manteve-se no mesmo estilo. “Sou fiel ao concreto, tenho consciência de que pertenço a uma linhagem”, afirmava.

MILTON DACOSTA
(Niterói, Rio de Janeiro. 1915 – 1988)

Linhas verticais e horizontais conseguem imprimir as suas pinturas um caráter intimista e lírico. Destaca-se, dessa forma, como um dos principais representantes da Arte Construtiva brasileira, mas ao mesmo tempo se diferencia de grande parte dos adeptos dessa corrente estética, cujas obras se caracterizavam por elementos racionalistas e impessoais. A notoriedade do artista, contudo, é devida a um conjunto de obras menos radicais, uma série de figuras femininas conhecida como “Vênus”, desenvolvida dos anos 1960 até o fim de sua vida.

SIRON FRANCO
(Goiás, GO. 1947)

A sua pintura tem sido associada por alguns críticos à produção do artista inglês Francis Bacon (1909 - 1992), por ser povoada por seres monstruosos ou por revelar uma dimensão aterrorizadora. Nas séries “Fábulas de Horror” (1975) ou “Semelhantes(1980), pinta figuras de ar sinistro, que não têm traços distintivos ou que apresentam deformações. Em “Peles” (1984) cria superfícies de grande sensualidade, que envolvem também uma ambiguidade: escondem a violência e a crueldade necessárias para sua produção. Já nos quadros de “Césio” (1987), concebidos com uma gama muita restrita de pigmentos, o pintor comenta a tragédia ocorrida em Goiânia, ocasionada pelo vazamento de material radioativo. Em obras do fim da década de 1990, passa de uma figuração mais evidente para a utilização de grandes planos cromáticos, em obras quase abstratas, nas quais emprega colagens, desenhos e grafismos. Sua produção destaca-se pela inovação formal, o satírico, a referência a questões políticas e sociais, como a ecologia e a defesa dos povos indígenas. Ele afirma: “eu tento, ao meu modo, testemunhar a minha época, o que faço é uma crônica subjetiva da época em que vivo”.

TARSILA do AMARAL
(Capivari, São Paulo. 1886 - 1973)

Expoente do Modernismo brasileiro, expandiu as propostas das vanguardas europeias a partir do mergulho nas tradições, cores e temas de sua terra – sem se esquivar dos problemas sociais, que constituíram sua principal preocupação em certa fase. Com a célebre tela “Abaporu” (1928), motivou o “Manifesto Antropófago” de Oswald de Andrade, seu marido à época, com quem partilhava a convicção de assimilar a cultura estrangeira de modo a torná-la uma forma de arte tipicamente nacional. Líricas e afetivas, obras como “A Negra” (1923) e “Antropofagia” (1929) apresentam os ancestrais africano e índio em cores vívidas e fortes, com a luz do país.
                             
VOLPI
(Lucca, Itália. 1896 - 1988)

Veio menino para o Brasil. Autodidata, tornou-se membro do Grupo Santa Helena, desenvolvendo pinturas que retratam cenas da vida e da paisagem dos arredores de São Paulo. Ganhou o prêmio de melhor pintor brasileiro na 2ª Bienal de São Paulo. Ao longo de quase um século de existência, passou por várias fases, criou sua própria linguagem e evoluiu naturalmente das representações de cenas da natureza para produções mais intelectuais. Daí em diante suas obras seriam dominadas pelas cores e pelo estilo abstrato geométrico. É a fase das bandeirinhas, expressa em seu trabalho “Bandeiras e Mastros”. Ele só pintava com a luz do sol e se envolvia totalmente com a criação de sua obra, o que incluía esticar o linho para as telas. Depois de dominar a técnica da têmpera com clara de ovo, o artista nunca mais usou tintas industriais - “elas criam mofo e perdem vida com o passar do tempo”, dizia. Num processo típico de um pintor do Renascimento, fazia suas próprias tintas, diluídas em uma emulsão de verniz e clara de ovo, em que ele adicionava pigmentos naturais purificados (terra, ferro, óxidos, argila colorida por óxido de ferro) e ressecados ao sol.

Fontes
Blog Artes Visuais, de Reynivaldo Brito
Coleção Grandes Pintores Brasileiros - Folha de S. Paulo
Enciclopédia Itaú Cultural
Revista Bravo

5 comentários:

Luiz Barbosa disse...

Muito lindo

Berenice Murta disse...

Blog maravilhoso! Vou aparecer outras vezes. Parabéns.

Murtinho disse...

Sensacional.

Pedro Henrique de Brito disse...

Bom resumo

Paulo Mangini disse...

Bacana. Gostei muito.Uma lição de arte brasileira.