Ilustrações:
VIRGIL FINLAY
(Rochester, Nova Iorque, EUA. 1914 – 1971)
Não há autoridade no mundo do horror que não
esteja protegido da influência de EDGAR ALLAN POE (Boston, Massachusetts, EUA.
1809 - 1848). Ele é considerado um dos grandes mestres da literatura universal
e o pai das histórias de terror. Seus contos têm sido a fonte dos pesadelos
mais grotescos e, por gerações, inspiraram incontáveis obras literárias, artes
plásticas, música, teatro e cinema.
O meu conto favorito do escritor é O CORAÇÃO DELATOR ou “The Tell-Tale Heart”. Foi publicado pela primeira vez em 1843.
Ele é contado por um narrador sem nome que se esforça para convencer o leitor
de sua sanidade mental, ao descrever um assassinato que cometeu. A morte é cuidadosamente
calculada e o assassino esconde o corpo sob o assoalho. A sua culpa começa a se
manifestar na forma do som alucinatório do coração da vítima ainda batendo.
A história saiu na edição inaugural da “Pioneer”,
uma revista de curta duração. EDGAR ALLAN POE provavelmente recebeu apenas US $
10 pelo trabalho. A publicação original incluía uma epígrafe do poema “Salmo da
Vida”, de Henry Wadsworth Longfellow. Sua primeira adaptação para o cinema foi
em um filme mudo de 1928, dirigido por Leon Shamroy e estrelado por Otto
Matieson como “o insano”.
Considerado um verdadeiro gênio, criador de uma literatura
inquietante, EDGAR ALLAN POE foi contista, poeta e crítico literário. Fez parte
do movimento romântico norte-americano e manejou, como nenhum outro, a arte de
aguçar a curiosidade pelo imprevisto e pelo terror. Considerado o inventor do
gênero ficção policial, também recebeu crédito por contribuição ao emergente
gênero de ficção científica. Sempre numa atmosfera de suspense, junta em suas
narrativas elementos perturbadores como o sobrenatural, o fantástico, o
insólito e o macabro. Os contos, repletos de mistério, trazem detalhes
minuciosos de sentimentos, lugares e personagens. E envolvem tão profundamente
o leitor, que este já não consegue escapar do seu extraordinário universo.
Órfão aos dois anos de idade, o escritor foi
criado por um rico comerciante do estado da Virginia. Iniciou sua esmerada
educação na Inglaterra e na Escócia, frequentou a Universidade da Virginia onde
passou a dedicar-se mais aos jogos e à bebida, não aos estudos. Isso fez com
que rompesse suas relações com seu tutor. Em 1827, lançou o primeiro livro de
poesias. Expulso da Academia Militar de West Point, entregou-se à literatura,
publicando contos em revistas. “O Corvo”, de 1845, é talvez o mais famoso poema
da literatura dos Estados Unidos.
Alcoólatra, encontrou no casamento com sua prima
Virgínia, de apenas 13 anos, forças para lutar contra o vício e aumentar sua
produção literária. Com a morte de Virgínia, vitimada pela tuberculose, voltou
ao alcoolismo, passando a viver em constante embriaguez. Em 1849, passa mal em
uma taberna de Baltimore e, mesmo socorrido, vem a falecer. “Cinzas e
Diamantes” convida você a mergulhar no trabalho lúgubre desse autor atormentado.
Confira.
O CORAÇÃO DELATOR
EDGAR ALLAN PÖE
Tradução de S. de M.
Sim! Sou muito nervoso, terrivelmente nervoso,
mesmo ― e sempre o fui; mas por que me supõem louco? A doença tornou mais
aguçados os meus sentidos ― não os destruiu, não os embotou. Mais do que os
outros, tenho uma audição aguçadíssima. Ouço admiravelmente bem todos os sons
produzidos no céu e na terra. Tenho ouvido até muitas coisas do inferno. Como
posso, pois, ser um louco? Atenção! Reparem bem com que perfeita lucidez, com
que tranquilidade de espírito eu vou contar-lhes toda a história.
Ser-me-ia completamente impossível dizer-lhes como
primitivamente a ideia entrou no meu cérebro; mas, uma vez concebida, nunca
mais me abandonou, noite e dia. Fim, não tinha algum. A paixão foi estranha ao
caso, por completo. Eu estimava deveras o pobre velho, que nunca me fizera o
menor mal, que nunca me insultara. Nem mesmo invejava o seu dinheiro. Creio que
foi o seu olho! Sim foi isso, decerto! Um dos olhos dele parecia os dum abutre
― um olho azul claro, recoberto por uma película nevoenta. Cada vez que esse
olho me fitava, sentia gelar-me o sangue; e assim, lentamente ― por graus ―
muito gradualmente ―, introduziu-se na minha mente a ideia de arrancar a vida
do velho, para, dessa forma, me livrar para sempre daquele olho.
Agora, este é o ponto. Os senhores supõem-me
louco. Os loucos não sabem de nada. Se me vissem! Se vissem com que
inteligência eu procedia! Com que precaução, com que prudência, com quanta
dissimulação eu meti as mãos à obra! Eu nunca fora mais solícito para o velho
do que durante a semana inteira que precedeu o crime. E todas as noites, pela
meia-noite, levantava o trinco da porta do quarto dele, e abria-a ― oh, tão
devagarinho! E então, depois de suficientemente a entreabrir, introduzia no
quarto uma lanterna de furta-fogo, fechada, hermeticamente fechada, que não
deixava passar um mínimo raio de luz; em seguida metia a cabeça pela abertura!
Oh, se vissem teriam rido da destreza com que eu metia a cabeça! Movia-se
lentamente ― muito, muito lentamente ―, de maneira a não perturbar o sono do
velho. Levei seguramente mais de uma hora para meter a cabeça pela abertura,
muito antes de poder vê-lo deitado no leito! Ah! Um louco seria, porventura,
tão prudente? Depois, quando tinha a cabeça dentro do quarto, abria a lanterna
com precaução ― oh, com que precaução! ― porque o gonzo rangia. Abria então a
lanterna de tal modo que o raio de luz fosse justamente incidir no olho de
abutre. E fiz isto durante sete longas noites ― cada noite, à meia-noite ―, mas
encontrei sempre o olho fechado, de molde a não poder, portanto, concluir o meu
trabalho; foi por isso que disse não odiar eu o velho; o que eu odiava era o
seu Olho Maldito! E todas as manhãs, logo que o dia nascia, entrava ousadamente
em seu quarto, falava-lhe corajosamente, tratando-o pelo seu nome num tom
cordialíssimo, e informando-me de como passara a noite. Bem veem que ele seria
possuidor de uma dissimulação rara se desconfiasse que, a cada noite, à meia-noite
em ponto, eu o examinava enquanto dormia.
Na oitava noite fui ainda mais prudente: abri a
porta com mais precaução. A minha mão não fazia mover a porta com mais rapidez
do que se move um ponteiro dum relógio. Nunca, como nessa noite, senti tão perfeitamente
o poder das minhas faculdades, da minha sagacidade. A custo continha as
sensações que o triunfo produzia em mim. Pensar que eu estava ali, abrindo a
porta pouco a pouco, sem que ele pudesse sonhar as minhas ações ou meus
pensamentos secretos! Ao ter esta ideia não pude deixar de rir um pouco,
abafadamente; ele ouviu-me, talvez porque se voltou pesadamente no leito, como
se tivesse acordando. Pensam por acaso que eu me retirei por isso? Não! O
quarto, de tão profundas que eram as trevas, estava negro como pez, porque as
janelas tinham sido fechadas cuidadosamente, por medo dos ladrões; e, sabendo
que ele não podia ver a porta entreaberta, continuei a empurrá-la cada vez
mais. Eu já passara a cabeça pela abertura, e estava prestes a abrir a lanterna,
quando o meu polegar resvalou pelo fecho de ferro, e o velho sentou-se no
leito, gritando:
― Quem está aí?
Eu fiquei completamente imóvel e não disse nada.
Durante uma hora inteira não movi um só músculo, mas, também, durante esse
tempo, não ouvi o velho deitar-se. Continuava, decerto, sentado na cama, de
ouvido à escuta, justamente como eu fizera durante sete noites inteiras,
escutando o barulho que fazia o pêndulo do relógio de parede.
Mas, de repente, ouvi um gemido fraco, que
reconheci como o gemido resultante de um horror mortal. Não era o gemido de dor
ou de pesar. Oh, não! Era o ruído surdo e sufocado que se desprende do fundo de
uma alma apavorada. Conhecia bem aquele grito. Muitas noites, à meia-noite
exata, quando todo mundo dormia, soltara-se de meu próprio peito um gemido
igual àquele, excitando com o seu terrível eco os terrores que me atormentavam.
Repito que conhecia aquele ruído. Calculava o que o pobre velho sentia, e eu
tinha piedade dele, ainda que interiormente eu sorrisse comigo mesmo. Sabia que
ele continuava acordado desde que se voltara no leito ao primeiro ruído que eu
fizera. Desde então o seu pavor aumentara sempre de intensidade. Ele tentara
persuadir-se de que não tinha razão para assustar-se, mas não pudera
consegui-lo. Dissera a si mesmo: “Não foi nada, apenas o ruído do vento
entrando pela chaminé, ou algum rato que atravessou o quarto”, ou então:
“Talvez um grilo que começou a cantar”. Sim, sim, ele se esforçara por
encorajar-se com estas hipóteses; mas tudo fora em vão. Tudo fora em vão porque
a Morte, que se aproximava, passava diante dele com a sua grande sombra negra,
envolvendo, assim, aquela vítima. Era a influência fúnebre da sombra que ele
não percebera, que lhe fazia sentir ― apesar de nada ver nem ouvir ―, que lhe fazia
sentir a minha cabeça no seu quarto.
Depois de esperar por muito tempo,
impacientemente, que ele se deitasse de novo, resolvi entreabrir um pouco a
lanterna, mas muito pouco, um quase nada. Entreabri-a com tanta cautela como
dificilmente podem imaginar, até que por fim um pálido raio de luz, como um fio
de teia de aranha, subiu da abertura, incidindo sobre o olho de abutre.
O Olho Maldito estava aberto, muito aberto, o que
me fez enfurecer logo que o fitei. Vi-o com uma perfeita nitidez ― o azul claro
coberto com o hediondo véu que me gelava o sangue nas veias; mas eu nada podia
ver do rosto ou do corpo do velho, porque dirigia o raio de luz, como por
instinto, sobre o ponto maldito.
Em seguida ― eu não lhes disse que o que os
senhores tomavam por loucura era uma grande penetração dos meus sentidos? ―, em
seguida ouvi um outro ruído surdo, sufocado, contínuo, semelhante a um ruído
que pode fazer o pêndulo dum relógio envolvido em algodão. Eu reconheci esse
som. Era o bater do coração do velho. Esse som aumentou o meu furor como o
rufar do tambor aumenta a coragem de um soldado.
Mas contive-me ainda, e continuei ali, sem me
mexer. Somente respirava, conservando a lanterna imóvel para que o raio de luz
saído dela continuasse a iluminar o olho maldito. Entretanto, o infernal bater
do coração era cada vez mais forte, a cada instante mais precipitado. O terror
do velho devia ser extremo! O bater o coração, eu disse, era cada vez mais
forte, de instante para instante! Repararam bem em tudo o que lhes disse? Então
devem lembrar-se que lhes declarei ser excessivamente nervoso, e, com efeito,
eu o sou. Portanto, em plena noite, no meio do silêncio terrível daquela casa,
um tão estranho ruído fez com que se apossasse de mim um irremissível terror.
Durante alguns minutos ainda, contive-me e continuei calmo. Mas o ruído era
cada vez mais forte, sempre mais forte! Cheguei a supor, até, que o coração ia
rebentar. E então apoderou-se de mim uma nova angústia: o ruído poderia ser
ouvido por algum vizinho! A hora do velho chegara, pois! Saltando um grande
grito, abri bruscamente a lanterna, e entrei no quarto. O velho deu apenas um
grito, um só, porque eu o lancei no assoalho, virando-o e jogando-lhe sobre o
corpo o pesado leito em que antes dormia tranquilamente. Sorri, então, por ver
a minha obra tão adiantada. Mas, durante alguns instantes ainda, o coração
batia, produzindo um som abafado, que não me incomodou, porque não podia ser
ouvido através duma parede. Por fim, cessou. O velho estava morto. Levantei o
leito e examinei o corpo. Sim, estava morto, morto e rígido. Coloquei-lhe a mão
sobre o coração, conservando-a ali durante alguns minutos. Nem uma pulsação.
Ele estava morto e rígido. O seu olho, portanto, não me atormentaria mais!
Se persistirem ainda em supor-me louco, essa
suposição evaporar-se-á ao descrever-lhes as inteligentíssimas precauções que
tomei para ocultar o cadáver. A noite avançava; comecei, pois, a trabalhar
apressadamente, mas em silêncio. Cortei-lhe a cabeça, depois os braços, depois
as pernas. Em seguida, despreguei três taboas do assoalho e meti todas as
partes do cadáver pelos buracos que elas tinham deixado. Depois preguei de novo
as tábuas tão habilmente, tão desveladamente, que nenhum olho humano ― nem
mesmo o dele ― poderia descobrir no assoalho o mínimo sinal de que tinham sido
levantadas. Não havia o que limpar ― nem uma mancha, nem um pingo de sangue.
Procedera muito prudentemente para deixar qualquer vestígio. A tina em que
cortara o cadáver absorvera todo o sangue, ha! ha!
Quando acabei a minha obra, pelas quatro horas da
madrugada, a escuridão era tão profunda como à meia-noite. No momento exato em
que o relógio dava uma hora da tarde, bateram à porta da rua. Desci para abrir
alegremente, porque nada tinha a temer dali em diante. Entraram três homens que
com toda delicadeza apresentaram-se como agentes de polícia. Um vizinho ouvira
um grito, na noite anterior, o que levantara a suspeitar de que um crime teria
sido praticado; como fizera a respectiva denúncia no comissariado de polícia,
tinham ordenado àqueles senhores que revistassem a casa.
Ao saber qual o fim dos policiais, sorri ― pois o
que eu tinha a temer? Declarei-lhes que sentia um verdadeiro prazer em lhes
falar, e disse-lhes que o grito ouvido pelo tal vizinho fora eu que o soltara
durante um sonho. O meu velho patrão, acrescentei, partira para uma viagem.
Depois desta explicação, mostrei toda a casa aos
policiais, convidando-os a procurarem bem. Por último, eu os conduzi ao quarto
dele, e mostrei-lhes todos os tesouros do velho, perfeitamente intactos.
No entusiasmo de minha confiança, instei os
policiais para que sentassem, para que descansassem um instante; e, com a louca
audácia dum triunfo completo, puxei uma cadeira e sentei-me, depois de tê-la
colocado exatamente sobre as tábuas que cobriam o corpo da vítima.
Os agentes de polícia estavam satisfeitíssimos. A
forma clara e precisa com que eu fizera as declarações convencera-os. Sentia-me
singularmente à vontade. Sentaram-se e começaram a falar coisas triviais, às quais
que eu respondia alegremente.
Pouco depois, senti que empalidecia, e só pensei
em me livrar deles.
Sentia insuportáveis dores de cabeça, e grandes
badaladas nos ouvidos; mas os policiais continuavam sentados, sempre falando.
As badaladas não acabavam e, pelo contrário, eram cada vez mais distintas.
Comecei a falar mais alto para me livrar daquela sensação; mas as badaladas
persistiam, tomando um caráter tão puramente definido que, por fim, percebi não
se produzir sem os meus ouvidos.
Eu estava muito pálido, sem dúvida ― mas falava
sempre, levantando a voz cada vez mais.
O som aumentava sempre ― o que eu podia fazer? Era
um ruído surdo, sufocado, frequente, semelhante ao ruído que pode fazer o
pêndulo de um relógio envolvido em algodão. Eu respirava a custo. Os policiais
nada tinham ouvido.
Conversei com mais verbosidade ― com mais
veemência ―, mas o ruído aumentava incessantemente. Levantei-me e comecei a
questionar sobre ninharias, num diapasão elevadíssimo e com uma violenta
gesticulação; mas o ruído aumentava, aumentava sempre. Por que eles não queriam
ir embora? Eu passeava desesperadamente pelo quarto, a grandes passadas,
batendo surdamente com os pés no chão, como que exasperado pelas observações de
meus contraditores; mas o ruído crescia regularmente. Oh, Deus! O que podia eu
fazer? Enraivecia-me, espumava, praguejava. Movia em todos os sentidos a
cadeira em que de novo me sentara, fazendo-a ranger sobre o tabuado; mas o
ruído aumentava sempre, crescia indefinidamente, tornava-se de instante para
instante mais forte ― mais forte! ―, sempre mais forte. E os policiais,
sorrindo e palestrando, sempre prazenteiramente!
Seria possível, por ventura, que eles nada
ouvissem? Deus onipotente! Não, não! Eles ouviam! Eles suspeitavam! Eles
sabiam! Eles divertiam-se com o meu terror! Foi isto que supus, então. É isto
que ainda hoje suponho.
Nada mais intolerável para mim que aquela
descarada zombaria! Não podia mais suportar aqueles sorrisos hipócritas! Senti
que, para não morrer, precisava gritar! E agora ainda, não ouvem? ― Escutem!
Mais alto! Sempre mais alto!
― Sempre mais alto, miseráveis! ― gritei para os
policiais. ― Não dissimulem por mais tempo! Confesso o crime! Arranquem essas
tábuas! É aí que ele está! É aí! E esse som que ouvem é o bater do seu
execrável coração.
Publicado originalmente na “Gazeta da Tarde”, Rio
de Janeiro, edição de 24 de abril de 1890.
TODA a OBRA do AUTOR
CONTOS
MANUSCRITO ENCONTRADO numa GARRAFA
(MS. Found in a Bottle, 1833)
BERENICE
(Idem, 1835)
MORELLA
(Idem, 1835)
LIGEIA
(Idem, 1838)
A QUEDA da CASA de USHER
(The Fall
of the House Of Usher, 1839)
WILLIAM WILSON
(Idem, 1839)
Os ASSASSINATOS da RUA MORGUE
(The Murders in the Rue Morgue, 1841)
A DESCIDA do MAELSTROM
(1841)
O RETRATO OVAL
(The Oval Portrait, 1842)
A MÁSCARA da MORTE RUBRA
(The
Masque of the Red Death, 1842)
O MISTÉRIO de MARIE ROGÊT
(The Mystery of Marie Rogêt, 1842)
O POÇO e o PÊNDULO
(The Pit
and the Pendulum, 1842)
O CORAÇÃO DELATOR
(Tell Tale Heart, 1843)
O ESCARAVELHO de OURO
(The
Gold-Bug, 1843)
O GATO
PRETO
(The
Black Cat, 1843)
O ENTERRO PREMATURO
(The Premature Burial, 1844)
A CARTA
ROUBADA
(The
Purloined Letter, 1844)
O DEMÔNIO
da PERVERSIDADE
(The Imp
of the Perverse, 1845)
THE SYSTEM of DOCTOR TARR and PROFESSOR FETHER
(1845)
Os FATOS que ENVOLVERAM o CASO MR.VALDEMAR
(The
Facts in The Case of M. Valdemar, 1845)
O BARRIL
de AMONTILLADO
(The Cask
of Amontillado, 1846)
Os OITO ORANGOTANGOS ACORRENTADOS
(Hop-Frog, 1849)
POESIA
TAMERLANE
(1827)
AL AARAAF
(1829)
ALONE
(1830)
The CITY in the SEA (1831)
The
COLISEUM (1833)
O VERME
VENCEDOR
(The
Conqueror Worm, 1827)
THE
HAUNTED PALACE (1839)
SILENCE
(1840)
LENORE
(1843)
EULALIE
(1845)
O CORVO
(The
Raven, 1845)
ULALUME
(1847)
TO HELEN
(1848)
A DREAM
WITHIN a DREAM (1849)
ELDORADO (1849)
ANNABEL
LEE (1849)
THE BELLS
(1849)
OUTRAS OBRAS
A NARRATIVA de ARTHUR GORDON PYM
(The
Narrative of Arthur Gordon Pym of Nantucket, 1838)
The BALLOON HOAX (1844)
FILOSOFIA da COMPOSIÇÃO (1846)
EUREKA
(1848)
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