março 25, 2017

.................................................... INTERLÚDIO - 29 vezes MORVAN



Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura.
GUIMARÃES ROSA
Grande Sertão: Veredas

Ilustrações:
ANDY GOLDSWORTHY
(Reino Unido. 26 de julho, 1956)

A morte é menos que teu beijo
Tão bom ser teu que sou
Eu a teus pés derramado
Enquanto durar meu corpo
Enquanto me correr nas veias
O rio vermelho que se inflama
Ao ver teu rosto feito tocha
Serei teu rei teu pão tua coisa tua rocha
Sim, eu estarei aqui
PAULO LEMINSKI

ouvindo MOZART


No período mais próximo da morte dele, vi muito pouco MORVAN. Que era uma pessoa que eu via todos os dias. Então senti desconforto, parecendo que poderia ou deveria ter feito alguma coisa, ter estado perto de algum modo. Quando soube do seu falecimento fui arrebatado por sentimentos de amor, saudade, desmantelo e compaixão. Lembrei-me do nosso projeto-sonho-lúdico, planejado detalhadamente e adiado duas ou três vezes, de acompanhar o Velho Chico da nascente ao mar, ou vice-versa. Ele fotografando, eu descrevendo no papel o que via n'alma. Sem exagero, chorei dias seu óbito cruel e inesperado. 

Quase nove meses se passaram. Enfrento os desafios e dinâmicas do destino. O passado enterrado, e vez ou outra brotando da terra fértil uma plantinha desconhecida de flor azul. Ela habita esse texto, multiplicando-se em rabiscos, reflexões escritas em folhas soltas ou em objetos, notas a lápis em livros, e-mails recebidos dele, duas cartas, muitas fotografias. O mineiro MORVAN amava fotografar. E mais ainda, reinventar a imagem, quebrando padrões. Nossos retratos levam ao caminho do coração. Leitor atento de Clarice Lispector e Fernando Pessoa, ele também escrevia dádivas (e dúvidas). 

Errar é humano, sabemos, mas amar, valorizar e perdoar também. A dor passa. A saudade acalma. A decepção ensina. Doida e lúcida, a vida continua. Nesse tributo, antologia emocionada do pensamento morvaniano. Ele se foi aos 29 anos de idade. Selecionei 29 fragmentos de gritos e sussurros escritos sensivelmente por ele. Conhecimento é o tecido do espírito. Confira essa bonita, densa e atormentada aventura intimista.


01
Acho que esse texto já é ultrapassado, como se o tempo contasse para ele como conta para os efemerópteros, aqueles insetinhos poéticos que te falei, que tem apenas algumas horas de esplendor numa noite para revelar seu total sentido. Mas segue-se ele; soando a palavras apressadas e sujas, póstumas do momento.

02
Me angustiam os vermes, esses mesmo, os reais, e outros, os mentais, cuja matéria são as ideias amorfas, ainda larvais e sôfregas por tudo que ainda não se sabe ao certo, que não adquiriram forma delimitada e tão pouco a leveza flutuante tão almejada.

03
Antonio meu raro, sua vida tem tantas facetas e tu és tão transparente, polido e vivo que encheria de inveja o mais belo dos cristais, sua rareza é de diamante bruto, a qual apenas olhos líricos e atentos identificariam as magníficas iridescências que emites despretenso de seu íntimo. Quero-te meu raro, como almeja o ourives a rocha doirada talvez longínqua e profunda que jamais encontrará... longe demais de seu alcance...


04
Sou confuso e sabes, como pode um homem ter coisas tão belas e cruéis dentro de si, simbióticas e caóticas na profusão de tudo acontecendo contíguo?

05
Sou livre, e canto a liberdade e a verdade. Amo a natureza e suas intrincâncias e místicas, de seu estudo tenho feito ofício e me encho de adoração e respeito mais que milenar por todas estas criaturas.

06
É tudo uma questão de adaptação e evolução... mas, quanto aos seres gente, a que realmente se deve adaptar? O que é mesmo evoluir?

07
As vezes não me sinto bem em alguns ambientes, me mantenho ali erguido mas perdendo, é como que drenado em energia pelo que não sei o que é, uma asfixia...


08
Acontece que acabo de aqui aterrissar e estou tão aberto ao mundo que me embrenho incauto por tantos lugares, e temo não saber a hora de voltar, retroceder com o mínimo de danos possível a meu solitário e protegido interior. Âncoras não tenho e tanto menos espinhos, exploro universos que me mantive bastante distante e até combatia, preconceituoso em diversos momentos mas acreditando numa coerência ideologicamente delimitada.

09
Como são engraçados e irônicos os eventos da vida... já pousaram joaninhas em meus braços, borboletas já aceitaram os meus dedos ...os beija-flores nunca, mas pousarão um dia.

10
Me sobressalto mais uma vez contigo, a atenção intermitente que tens comigo e a doçura com que tratou essa minha causa tão aversiva, tudo me cativa. Pois afinal, encontrei alguém que pelo relevo suntuoso e as vezes drástico da vida, também coleciona dejetos, coisas valorosas do ínfimo, uma rosa, uma rocha, uma casca, uma brisa, um abraço.


11
Há tanto por se dizer, mas eu tenho uma enorme queda por alcançar a nobreza elucidante que podem certos silêncios.     

12
Uma verborragia breve, sobre a crueza da vida que não brinca.

13
Eu preciso escrever que... Eu não sou enganado por deuses. Eu sou um santo macabro, solitário no altar de minha total descrença. Me amaldiçoo usando rosas brancas. Me perfumo de morte para viver meu não-tempo.

14
Crio eu por martírio deliberado as minhas próprias e pantanosas incompreensões. Decidi pela deriva.


15
Cresço como um ficus na lama do obscuro e lanço raízes tênues em todas direções. Não me fixo, me sustento [ou houve um tempo]. Rogo meu próprio milagre. A esperança que me sustenta, reside nas partes mais tenras de manhãs excepcionais.

16
Minha consciência não é do tipo que permite paixões não decididas. Meu controle é tão frio que queima.

17
Divago. Devagar. Tão restrito e cativo é a novidade insuspeitada de meu triste trajeto.

18
Fui honrado com tal íntima visão, numa noite vagabundo com você olhando constelações na mata escura... sentados no alto de uma montanha na Chapada Diamantina, Bahia... deixei de te contar quando falávamos de cigarras, vagalumes  e meteoritos.       

Com enorme apreço.


19
Não tenho a vocação do beija-flor, esse dom de viver só de beleza. Só queria é que ele me aceitasse - como disse uma vez -, e pousasse mesmo que por um segundo em meu dedo... talvez eu não seja tão inocente e puro quanto cobra seu rigoroso juízo, ou talvez, por nunca estar no estado de bem-estar furta-cor que os atrai.

20
Queria o ato falho de dizer teu nome no lugar do meu. Queria me cobrir como uma pálpebra e simplesmente girar o meu espírito para o jamais visto. Quero ser ridículo com todas minhas forças. Quero te em paz... Imanto-te de todo bem do mundo.

21
Tô com sono, meio delirante. Seu poema me lembrou das fotos que tirei no jardim, há muito tempo, quando um beija-flor apareceu lá morto, tão colorido que era uma incoerência.

22
Pessoas muito diferentes só se cumprimentam. O mais importante é estar bem com seu interior e manter o critério da verdade. Só eles podem gerar frutos humanos e verdadeiros. Tenho meu lado obscuro, mas quero criar apenas coisas que, de alguma forma, iluminem e/ou proporcionem positivamente as consciências.


23
O ser humano é uma criatura sinestésica com um potencial enorme e diverso de criar metáforas e alegorias ao seu entorno. Todo ser é, em diferentes níveis, capaz de modificar o mundo e a si próprio de formas que os recorrentes juízos de valor maniqueísta não conseguem abarcar. Prefiro o status dialético de complexidade, seus maiores argumentos e calibrações.

24
Peço desculpas pela minha falta de eternidades. Desculpe também a solidez de minha solidão [cheia de pontos fracos inatingidos]. Desculpe enfim, estas ideias jorrando feito sangue duma cabeça decapitada.

25
Me desculpe, mas me utilizei de uma bebida e de cigarros para te escrever, às vezes me travo devido suposto rigor gramatical e demasiado crítico que talvez analise minhas palavras, padeço e emudeço, como eclipsado por sua cultura e vivência... é essa juventude miserável e ansiosa. Só sei que SEMPRE há saídas, umas mais e outras menos honrosas. Tyler D. mesmo diz, em Fight Club, que “Losing all hope was freedom”... e Hesse no Tratado do Lobo de Estepe, delata “que é mais nobre e belo deixar-se abater pela vida do que por sua própria mão”.


26
No mais, sigo tentando preencher com boas vivências os meus dias, circulando em poucos espaços e ao lado de meus poucos “colegas”, consciente que não tenho amigos em Natal. Te ____. Não consegui descobrir sua palavra. Talvez haja tempo. Amar é para os ordinários.   

27
No poema “Se te queres matar”, Pessoa indaga: “De que te serve o teu mundo interior que desconheces? / Talvez, matando-te, o conheças finalmente. / Talvez, acabando, comece...”. Estou muito abatido e triste, essa semana foi um teste de resistência. Preciso suportar o peso de minha solidão; reaprender a estar comigo e me enfrentar; mastigar na boca sangrenta, as velhas sinas e carmas. Não vou elaborar maiores pensamentos, não é o momento. Sonho com uma placidez entre nós.
Que resistamos a tudo isso.

Um abraço doce e eterno,
meu caro  e adorado Antonio

28
Mas me pego pensando... Talvez nossas línguas pudessem nos desatar. Talvez antes que terminasse de dizer, minha boca fosse a tua. Talvez imediatamente antes de falares noite, eu já balbuciasse m-i-n-ú-s-c-u-l-a-s-e-s-t-r-e-l-a-s... E não há mais o que dizer... Repito: não há mais o que me dizer. Não tenho um apontamento para uma redenção mais nobre [ou coisa-outra-qualquer].

29
Que os pássaros e os fungos se fartem dos frutos que não soubemos enxergar. Foi uma linda lua-de-mel. Prefiro me despedir assim. Não quero que me veja chorando. Obrigado. Muito mesmo. Querido e raro Antonio.

POEMAS para MORVAN
(resgatados em e-mails)

01
Há quase sempre
uma voz a murmurar
oculta noutra voz.

Há na realidade azulada
uma saudade medonha
um viver-desvivendo.

Há nas constelações íntimas
o sol e o infinito
fagulhas do sem nome.

Há o tempo no meu corpo
recordando e apagando.
Esta tarde reparei.

02
Pernoita em mim. E se por acaso me vem à memória, ama-me na conexão encantada, no aroma cálido da cumplicidade. Escalo a gratidão aveludada, respirando o perfume queimado das estrelas. Noite ainda, seu corpo ausente se instala vagaroso no meu ser-silêncio, enquanto envelheço na nômade solidão das aves.

03
colibris sobrevoam
fartos cabelos
coração e arte.

pousando em ti
te voam, e do jeito deles
poemados
na ordem mais natural.

cristalino diante do inusitado
transformado em colibri azulado
habita meu jardim florido.

desenho de morvan para antonio

FRASES de RIOBALDO
(selecionadas e interpretadas por Morvan - 
aniversário 2013 de Antonio Nahud)

Eu quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa.

O jagunço Riobaldo. Fui eu? Fui e não fui. Não fui! – porque não sou, não quero ser.

Eu careço de que o bom seja bom e o rúim ruím, que dum lado esteja o preto e do outro o branco, que o feio fique bem apartado do bonito e a alegria longe da tristeza! (...) Este mundo é muito misturado ...

A vida da gente vai em erros, como um relato sem pés nem cabeça, por falta de sisudez e alegria. Vida devia de ser como sala do teatro, cada um inteiro fazendo com forte gosto seu papel, desempenho.

 Tudo que já foi, é o começo do que vai vir, toda a hora a gente está num cômpito.

Um sentir é do sentente, mas o outro é o do sentidor.

Para o prazer e para ser feliz, é que é preciso a gente saber tudo, formar alma, na consciência; para penar, não se carece.

morvan fotografado por antonio nahud - 2014

E vou-me embora
Por um mau vento
Que me leva
Sem rumo, lento,
Tal como leve
Folha morta
PAUL VERLAINE



82 comentários:

Carolina Gomes Ferreira disse...

Inspirador!!! E viva as diferencas

Bárbara Soares da Silva disse...

Fantástico!!!! Quantas vezes deixamos que motivos bestas atrapalhem uma história que com certeza daria certo??? É importante saber conciliar pontos de vista, deixar de fazer chuva em copo d'água, deixar de dar tanto trabalho ao cupido

Jaciana Anastácio disse...

Ótimo quando lemos o texto e nos imaginamos na história.. Adorei como sempre! 😘 🌹

Marcos Monark disse...

Realmente uma bela história de amor.

Margarete Silva disse...

Demais, legal

Raquel Borges disse...

Sensacional!

Anna Flor disse...

Seus textos sempre tem um gosto de "quero mais", obrigada! E para amar tem que ter é muita coragem!

Bárbara Lima disse...

Um mais surpreendente que o outro! Amo seus textos!!!

JIVM disse...

Emocionado, Nahud! E viva Morvan! Viva as boas lembranças do seu amor, meu mano Antonio. Abraço carinhoso!

Myriam Souza disse...

Um fragmento maravilhoso desse me coloca de frente para esse "eu sem fim" que habito... Bárbaro!!
Cada pensamento nos traz uma nova concepção sobre o mundo, sobre as pessoas e sobre nós mesmos, nesse ensaio chamado VIDA! Não havemos de ser finitos e muito menos estáticos! Bravo, Morvan. Bravo, Nahud.

Pedro disse...

Um texto excelente. Muito inteligente e reflexivo.

Ana Claudia Bezerra Barros disse...

Lindo demais!

Marina Martinelli disse...

Amei, amei, amei. Cada uma de suas linhas é uma viagem para dentro de um universo único e mágico. Para dentro de nós mesmos. A estrada de seus textos é sempre uma grata surpresa. Obrigada.

Maria Regina Lima disse...

Simplesmente emocionante.

Mardone França disse...

Sinceramente, só me restou calar. O silêncio ensurdecedor da alma do artista litigante com seus santos e monstros me bastam para homenageá-lo.

Rita Atir Guedes disse...

Seus escritos me passou a visão de um ser de uma sensibilidade á flor da pele, de uma alma sofrida num universo de conflitos interior que o impediu de ser totalmente feliz.Um Deus Grego, buscando na natureza preencher a lacuna de seu espírito aventureiro, sedento de amor, sempre na busca de si mesmo.Realmente uma história de vida comovente, emocionante!

Ana Claudia Bezerra Barros disse...

Maravilhoso amigo! adorei!

MF disse...

Naveguei e amei...

Flor disse...

Te admiro, poeta! Que Deus abençoe sempre sua vida!

Ana Maria Borocco disse...

Pessoas sensíveis demais, com ele parece tet sido, não são deste mundo! Chegam, passam deixando um rastro luminoso e se vão, para o infinito! Resta-nos sua luz!

Yanna Medeiros disse...

Emocionante !! Lindo ... forte ...

Edrisi Fernandes disse...

Grande homenagem; bela amostragem do imaginário morvaniano

Edrisi Fernandes disse...

Visibilidade (e admirabilidade) merecida

Thiago Moura disse...

Tudo muito lindo amigo, parabéns !

Annailde Soares disse...


Dois artistas sensíveis e inconformados com o mundo cheios de dogmas que bloqueiam o bello♡
Obrigada por toda essa comoção.
Obrigada por me fazer re-acreditar nas minhas dúvidas,
Que por sua vez me direcionam para a arte♡
Morvan gênio indomável, R. I.P.🌹

Kamy Costa disse...

Saudade dele..Ainda não caiu a minha ficha...Parece que ele esta viajando, como tanto gostava fazer :(

Andressa Vieira disse...

Seu sorriso era tao angelical ao lado dele, amigo...

Regina Braz disse...

Regina Braz Que lindo amigo....adorei!

Marlene Mahovlic disse...

Lindo e emocionante depoimento!

Iara Casenave disse...

Lindo, amigo!!!

Theo Temistocles disse...

Linda coletânea. Vc garimpou o melhor de Morvan e nos presenteou com uma obra-prima linda. Obg. Antonio Nahud pela sensibilidade poética. Pelo seu olhar cristalino. Tô um misto de tristeza e prazer lendo é vendo cada um desses lindos fragmentos poéticos e sensíveis tal como Morvan era e é. Parabéns

Nádia Regina Guimarães Afranio Peixoto disse...

Uau! Sem comentários...

Antenor Ernest Fernández disse...

Excelente!!!

Edna disse...

Emocionante. A cara do Morvan.

Luan Oliveira disse...

Comovente.

Eric Wanzeller disse...

Ele foi na hora errada, mas estava no ponto certo!

Claudia M C Ferreira disse...

Que delícia! Uma lufada de sensibilidade no início de uma manhã de trabalho... Amei!

Maria Stela Carvalho Chaves disse...

Linda homenagem póstuma !

Marcelo Ool disse...

Sou reencarnaciinista...acredito que viemos, estamos, reencontraremos. Fisicamente, nestas que lembram os teus momentos: a natureza, as estrelas, pouca conversa. Espiritualmente, ele não precisava mais das coisas densas da terra...talvez, até por este motivo, ele era de pouca conversa.

Lúcia Campfer disse...

Que, onde quer que esteja, siga tendo a companhia das flores, da poesia e da arte,

Ivône Gonçalves Nery disse...

Bela homenagem.Acredito na vida eterna e nas muitas moradas.Assim penso que um dia se reencontrarao se estiver escrito nas estrelas

Maria Jose Saffi Boso disse...

Chorei, alias estou chorando . Sei como eh perder um ente querido .
Vc fez uma bela homenagem e ele com certeza recebeu suas vibracoes de amor . Que muita LUZ , envolva esse jovem tao lindo.
Beijao e um abraco amigo.

Francisca Freire disse...

O seu amor vive. Ele apenas o precedeu no voo para o Paraíso, onde tudo são alegrias, felicidades, plenitude. Um dia acontecerá o reencontro. Promessa do Senhor e Deus é fiel!

Prema Ahimsa disse...

...Emocionante... posso sentir seu brilho pela descrição do amigo! Ele está feliz em sua nova constelação!

Mônica Cabrera disse...

Um brinde a esse amor tão belo!

Hulda Marques disse...

É amigo temos que continuar.

Lia Lúcia De Sá Leitão disse...

sinto muito por sua dor humana, mas fico feliz pq todas as flores vc o lembrará feliz!

Tchelos Marcelo disse...

muito amor!!!!

Sukka Magalhaes disse...

LUZ E PAZ PARA ELE!

Zita Salviano disse...

Me emocionei pra caramba. Linda homenagem Nahud.

Everaldo Botelho disse...

Que emocionante, fiquei sem palavras. Um abraço apertado, Antonio Nahud.

Vera Rabelo disse...

o amor é eterno!

Leda Machado disse...

Mta luz!!!!!

Iris Paula disse...

Muita luz amigo.

Ana Maria Borocco disse...

Linda homenagem! As pessoas queridas se vão deixando uma saudade imensa mas consoladora em sabê-las bem. Pelo que você diz e pela própria imagem me parece ter sido uma pessoa serena. Foi quando teve que ir, tranquilamente.

Celeste Martinez disse...

Não o conheci entretanto pelo lírio das palavras que você ofertou em sua homenagem, fiquei comovida

Nathy Passos disse...

Emocionante...

Ítalo Amaral disse...

Emocionado!!

Lívia Rangel disse...

Ohhhh amigo gosto de lembra lo naquele encontro no hotel sempre contente e conversador

Thiago Moura disse...

Saudades ...

Cida Ubarana disse...

Pela maneira que você escreve essa dor....esse amor ....tudo é poesia....E uma poesia linda de se ler, que toca na alma daqueles que já perderam o amor de sua vida. Um grande beijo Antonio Nahud e obrigada por deixar que eu, uma simples leitora , que desistiu do amor há muito tempo, me delicie com belas palavras ....muitas vezes tristes, mas sempre com uma profundidade que chega bem dentro da nossa alma (pelo menos da minha). Um final de semana cheio de luz para você.

Marina Martinelli disse...

Inspirador!!! E viva o amor.

Irani Rodrigues disse...

Por isso eu digo que você é uma pessoa"doce". Até o teu sofrer é leve. Compartilho de sua saudade💞

Heloisa Maria Tinoco disse...

É vida que segue. Ainda bem não esquecemos quem amamos. Mas precisamos seguir. Precisamos.

Theo Temistocles disse...

amigo, mas confesso q chorei muito. Mas belíssima homenagem..suas palavras assim como as de Morvan me encantam.

Nadia Junqueira disse...

Tim-tim para você pelas palavras que caem suavemente em minha alma reverberando gotas de luz ...mas que me fazem chorar de emoção. Tim-tim para Morvan que junto às estrelas contempla a eternidade ("L' éternité. C est la mar / mêlée Au soleil").

Marília Menezes disse...

Nós somos nossos sentimentos e pensamentos e talvez um dia possamos entender isso. Mas você tem noção do quão incrível você é, quando consegue traduzir em palavras e colocar em um maravilhoso texto tudo as emoções mais íntimas? Aplausos! Muitos aplausos para você!

Tapyr de Mello disse...

Uma bela homenagem, amigo!

MEmilia Wanderley disse...

Saudade é vontade de ver de novo, esse trecho é poesia feita de dor e amor. LINDO!!!

Lia Lúcia De Sá Leitão disse...

sensível!

Alfredo Rios disse...

Parabéns Antonio Nahud um grande ser humano.

Fran Lopes disse...

Saudade dói,mas floresce as sementes como recompensa de um novo amanhecer!abços.

Rosane V. Pinto disse...

Lindas palavras ao amor. Parabéns por ter vivido o amor. Amor de verdade é gratificante para a alma

Thacimara Silva disse...


Nossa Conheci o morvan Éramos da mesma turma da faculdade Nunca conheci pessoal mais inteligente que ele Tanto que sentia vergonha de está em sua presença Pq por vezes me considerava muito pequena diante de tanto conhecimento.

Theo Temistocles disse...

Lindo texto. Muita saudade desse homem-artista sensível e incompreendido. Muita luz e paz para ele.

Maria Vilani Madeiro disse...

Belo e triste, luz e sombra, fé e desesperança, vida e morte...Assim como a vida.

Dayse Michelle Albuquerque disse...

Nossa! Que história! Lamento pelo fim... Que ele descanse em paz.

Elzine Borges Beregeno disse...

Lindo texto ! Um belo e tocante depoimento . Que ele descanse em paz

Mara Magalhães disse...

De tanto vê-lo e ouvi-lo através de você, penso conheçer Morvan como a palma da minha mão. Comemore! Celebre! Não é pra qualquer um conhecer e amar alguém tão profundamente nesses nossos tempos superficiais. Onde quer que esteja ele saberá o quão especial foi.

Washington Gomes disse...

Linda Homenagem para um grande amor..

Elzine Borges Beregeno disse...

Eu me emocionei ! Foi-se o lindo beija-flor... um gênio em sua poesia profunda ... um ser humano de sensibilidade gritante ...uma linda coletânea de versos tocantes... uma maravilhosa homenagem ao poeta

Antonia Cardoso disse...

Muita sabedoria e alto astral